quarta-feira, 28 de outubro de 2009

BENEFÍCIOS IMEDIATOS AO PARAR DE FUMAR




20 minutos depois de parar de fumar: a pressão sangüínea e as batidas cardíacas voltam ao normal;


8 horas depois: a quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui pela metade, a oxigenação das células volta ao normal;


24 horas depois: o monóxido de carbono é totalmente eliminado do corpo e os pulmões podem começar a eliminar o muco e os resíduos da fumaça;


48 horas depois: o corpo não contém mais nicotina — o gosto e o olfato começam a melhorar. A transpiração deixa de cheirar a tabaco;


72 horas depois: os brônquios começam a relaxar e a respiração melhora;


De 2 a 12 semanas depois: a circulação venosa melhora;


De 3 a 9 meses depois: os problemas respiratórios e a tosse acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumentou 10%
(Quotidien du Médecin)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um inimigo no ar

Pesquisa americana revela
que bebês filhos de fumantes
estão mais expostos ao câncer
A ciência já provou que o cigarro faz mal não somente aos fumantes. Sabe-se, há mais de uma década, que mesmo quem não fuma pode adoecer, caso esteja exposto à fumaça dos outros. Mas todas as evidências recolhidas até agora pela ciência sobre os chamados fumantes passivos ainda beiravam a inocência perto do que um grupo de cientistas americanos acaba de descobrir. Uma pesquisa recém-publicada pela revista Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention detectou níveis alarmantes de uma substância cancerígena na urina de bebês submetidos à fumaça do cigarro dos pais. O estudo foi realizado no Centro de Câncer da Universidade de Minnesota e reuniu 144 bebês, entre 3 meses e 1 ano de idade, cujos pais fumavam, em média, onze cigarros por dia. Em 67 deles a NNAL, substância produzida pelo organismo quando em contato com o tabaco, se apresentava em quantidade perigosa. Até então, os estudos avaliavam apenas crianças, adolescentes ou adultos. É a primeira vez que se pesquisa o efeito do cigarro sobre bebês. "A probabilidade de que essas crianças desenvolvam um câncer se torna muito maior que a de uma criança que não sofre essa exposição", diz Marcos Moraes, diretor de oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Não se pode afirmar com precisão quem vai desenvolver um tumor algum dia por causa da fumaça do cigarro. O que os cientistas dizem é que a possibilidade do aparecimento da doença é maior entre aqueles expostos à fumaça. "A exposição tão prematura a agentes causadores de câncer pode ter efeitos muito nocivos no organismo dessas crianças", adverte o coordenador da pesquisa, o cientista americano Stephen Hecht. O dado perverso é que a fumaça que sai da ponta do cigarro é mais nociva do que a inspirada diretamente pelos fumantes. Sem a proteção do filtro, a fumaça tem conseqüências mais devastadoras no organismo. Nos pequenos, o efeito é ainda pior. "As crianças respiram mais rápido que os adultos e aspiram uma quantidade maior ainda de fumaça. Como o corpo delas é pequeno, a absorção também é bem maior", afirma a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante. A curto prazo, os efeitos da exposição contínua ao tabaco refletem-se nos órgãos que recebem o primeiro contato com a fumaça e podem causar bronquite, asma, pneumonia e otite. Entre os adultos, o risco do câncer de pulmão é 30% maior e as probabilidades de contrair uma doença cardiovascular sobem para 25%. Ainda não há estatísticas sobre o surgimento da doença em bebês por causa da fumaça do cigarro. Na dúvida, o melhor a fazer é parar de fumar perto dos filhos e jamais acender um cigarro em ambientes fechados.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fumar na gravidez pode contribuir para psicose na adolescência


Futuras mamães que fumam durante a gravidez podem contribuir para pôr seus filhos em (mais um) risco: o desenvolvimento de sintomas psicóticos na adolescência. A pesquisa, publicada no início de outubro no periódico British Journal of Psychiatry, mostrou a ligação entre tabagismo materno e psicose ao estudar os dados de mais de 6 mil adolescentes, com média de idade entre 12 anos, coletados por outra pesquisa longitudinal (que obteve dados através de diversos questionários, durante um longo período de tempo). O estudo foi feito conjuntamente por pesquisadores das universidades de Cardiff, Bristol, Nottingham e Warwick, todas no Reino Unido.

Dos adolescentes pesquisados – e que foram questionados sobre sintomas que podiam estar ligados à psicose, como alucinação e sentimentos de desilusão – mais de 11% tinham suspeitas ou tinham desenvolvido psicose. Nas crianças que tinham mães fumantes (e que haviam mantido o hábito durante a gravidez) a incidência de sintomas era maior.

Os riscos à saúde mental relacionados ao tabagismo na gravidez se mostraram até maiores do que àqueles relacionados com consumo de álcool e de maconha. As razões dessa relação ainda é incerta, mas os pesquisadores sugerem que a exposição ao tabaco no útero pode afetar indiretamente a impulsividade, atenção e cognição da criança. Agora as pesquisas trabalham na questão de como o tabaco afeta o desenvolvimento e função do cérebro dessas crianças.

“Considerando que os resultados não são tendenciosos e que refletem uma relação de causa [entre tagabismo e psicose] podemos estimar que aproximadamente 20% dos adolescente pesquisados poderiam não ter desenvolvido psicose caso as mães tivessem largado o cigarro durante a gravidez”, estima Stanley Zammit, psiquiatra ligado à Universidade de Cardiff e principal autor do estudo.

Fonte: Cardiff University