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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Fumar na gravidez pode contribuir para psicose na adolescência
Futuras mamães que fumam durante a gravidez podem contribuir para pôr seus filhos em (mais um) risco: o desenvolvimento de sintomas psicóticos na adolescência. A pesquisa, publicada no início de outubro no periódico British Journal of Psychiatry, mostrou a ligação entre tabagismo materno e psicose ao estudar os dados de mais de 6 mil adolescentes, com média de idade entre 12 anos, coletados por outra pesquisa longitudinal (que obteve dados através de diversos questionários, durante um longo período de tempo). O estudo foi feito conjuntamente por pesquisadores das universidades de Cardiff, Bristol, Nottingham e Warwick, todas no Reino Unido.
Dos adolescentes pesquisados – e que foram questionados sobre sintomas que podiam estar ligados à psicose, como alucinação e sentimentos de desilusão – mais de 11% tinham suspeitas ou tinham desenvolvido psicose. Nas crianças que tinham mães fumantes (e que haviam mantido o hábito durante a gravidez) a incidência de sintomas era maior.
Os riscos à saúde mental relacionados ao tabagismo na gravidez se mostraram até maiores do que àqueles relacionados com consumo de álcool e de maconha. As razões dessa relação ainda é incerta, mas os pesquisadores sugerem que a exposição ao tabaco no útero pode afetar indiretamente a impulsividade, atenção e cognição da criança. Agora as pesquisas trabalham na questão de como o tabaco afeta o desenvolvimento e função do cérebro dessas crianças.
“Considerando que os resultados não são tendenciosos e que refletem uma relação de causa [entre tagabismo e psicose] podemos estimar que aproximadamente 20% dos adolescente pesquisados poderiam não ter desenvolvido psicose caso as mães tivessem largado o cigarro durante a gravidez”, estima Stanley Zammit, psiquiatra ligado à Universidade de Cardiff e principal autor do estudo.
Fonte: Cardiff University
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