quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tabagismo durante a gestação aumenta o risco de morte súbita do lactente

A síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) é bastante conhecida e temida em todo o mundo.Nos países desenvolvidos houve grande divulgação a seu respeito nos últimos anos, a partir da surpreendente descoberta de que os lactentes abaixo de 6 meses que dormem em posição de barriga para baixo possuem chance 3 a 9 vezes maior de SMSL do que os que dormem em posição de barriga para cima.

Um estudo realizado pela Dra. Ana Paula Silveira Pinho e seus colaboradores do Departamento de Neurologia do Hospital São Lucas de Porto Alegre, RS, teve como objetivo principal analisar se os fatores de risco previamente identificados para a SMSL têm impacto significativo em um país em desenvolvimento como o Brasil.

Foram registrados 39 casos de SMSL nascidos entre 1996 e 2000 que morreram subitamente e inesperadamente em casa, ao dormir, com diagnóstico final da SMSL; o grupo controle foi composto de 117 lactentes pareados por idade e sexo que morreram em hospitais, por outras doenças. Os dados foram coletados de registros médicos postmortem e respostas a questionários. A idade média dos casos no momento da morte dos lactentes foi de 3,2 meses.

As frequências de idade gestacional, amamentação e visitas regulares a unidades básicas de saúde foram similares nos dois grupos. A posição de dormir mais comum nos casos e controles foi a lateral.As variáveis maternas idade inferior a 20 anos e consumo de mais de 10 cigarros/dia durante a gravidez aumentaram significativamente o risco para a SMSL. As características socioeconômicas foram similares entre os grupos e não afetaram o risco.

Os autores do estudo concluíram que os perfis dos lactentes e das mães, bem como, os fatores de risco para a SMSL foram similares aos encontrados em outros países. Todavia, foram identificadas características individuais quanto aos riscos de fumar durante a gravidez e da idade materna inferior a 20 anos.

Fonte: Revista de Saúde Pública.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mortes pelo fumo chegarão a 10 milhões ao ano em 2030

As mortes relacionadas ao cigarro devem dobrar até 2030, chegando a 10 milhões por ano, afirmou nesta sexta-feira (09), a coordenadora do programa de controle de tabaco da Fundação Mundial do Pulmão (WLF), Judith Longstaff Mackay.

De acordo com ela, se nas economias avançadas o mercado para o cigarro está diminuindo, o contrário está acontecendo nos países em desenvolvimento.

"Acho que é importante não ficar comparando, mas há cerca de 3 milhões de mortes por tuberculose ao ano e 5 milhões de mortes anuais pelo cigarro, e elas estão aumentando", disse ela à Reuters numa entrevista.

"Até 2030, esses 5 milhões vão estar mais perto de 10 milhões, vão ter dobrado … e o maior fardo está nos países em desenvolvimento", afirmou ela, que participa de uma conferência internacional sobre saúde do pulmão.

A fundação trabalha junto com grupos como a OMS - Organização Mundial da Saúde para promover a saúde pulmonar. Mackay é conselheira da OMS e critica fortemente as indústrias de cigarro.

O fumo é uma importante causa de câncer de pulmão, garganta, bexiga e de outros problemas graves de saúde.

Apesar das provas científicas sobre os riscos do fumo à saúde, mais gente está fumando no mundo todo, disse ela. Estima-se que hoje haja 1,3 bilhão de fumantes no mundo, e esse número deve subir para 1,64 bilhão até 2030.

O mercado global de tabaco movimenta bilhões de dólares por ano, e a China e os Estados Unidos são os dois maiores fabricantes de cigarro do mundo, segundo a Sociedade Americana de Câncer. A entidade chama a China de uma "bomba relógio", com aproximadamente 320 milhões de fumantes.

Segundo o Atlas do Cigarro de 2006, publicado pela sociedade, os quatro países com maior número de fumantes homens - que respondem pela maioria dos fumantes do mundo - são o Iêmen, o Djibuti, o Camboja e a China.

"Na Ásia, especialmente, há mais poder de compra, mais sucesso financeiro, e as pessoas podem comprar mais cigarros", disse Mackay. De acordo com ela, os países em desenvolvimento estão registrando avanços como a proibição do fumo em lugares públicos e da propaganda de cigarro.

Fonte: Estadão Online

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mortes por doenças crônicas caem 20% com luta antifumo

A política brasileira de combate ao fumo no Brasil, que reduziu pela metade o número de fumantes no País nas duas últimas décadas, mereceu um capítulo inteiro da revista científica britânica Lancet em uma edição especial sobre saúde no Brasil, publicada neste mês. A cruzada antitabagista é tratada como estratégia de sucesso e apontada pelos pesquisadores como um dos principais motivos para a queda de 20% na mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no País, entre 1996 e 2007.

"A diminuição ocorreu, particularmente, em relação às doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. E isso graças à implementação bem-sucedida de políticas de saúde que levaram à redução do tabagismo e à expansão do acesso à atenção básica em saúde", diz o artigo. Isso porque, segundo os médicos, o cigarro é o primeiro fator de risco evitável para as doenças mais letais no mundo, as cardiovasculares.

Em 1989, quando o Instituto Nacional do Câncer (Inca) inaugurou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, 32% dos brasileiros com mais de 15 anos fumavam – índice que caiu para 17,2% para essa mesma faixa da população em 2008, segundo o IBGE. A pesquisa mais recente sobre o tabaco, divulgada há um mês pelo Ministério da Saúde, mostrou que, entre indivíduos acima de 18 anos, 15,1% fumavam – taxa que é um pouco maior na capital, onde chega a 19,6 %.

Hoje, o Brasil tem a menor prevalência de fumantes da América Latina. Mas, mesmo assim, o tabaco ainda provoca cerca de 200 mil mortes por ano no País, segundo a Organização Pan-americana da Saúde (Opas). Cada cigarro contém mais de 4 mil substâncias tóxicas. Entre elas, a nicotina e o monóxido de carbono, que promovem a degradação da camada interna dos vasos sanguíneos, o endotélio.

O resultado disso são vasos de menor calibre para os fumantes e maior propensão a enfartes e derrames (AVCs), explica o cardiologista Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Outros fatores de risco para essas doenças vêm da interação entre a genética e o ambiente. O tabaco, não. A pessoa escolhe estar sujeita a ele."
Para o médico Alberto José de Araújo, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, os dados apresentados pela Lancet refletem bem o impacto da redução do fumo na saúde da população.

"As doenças crônicas custam muito caro ao sistema de saúde e o combate ao fumo é um fator crucial que tem ajudado na redução das doenças cardiovasculares e respiratórias", diz. Segundo ele, ainda é preciso fazer um trabalho mais intenso entre os jovens, já que o vício costuma surgir na adolescência.

Foi o caso da secretária Angela Maura Mariani Pardo, 49 anos, que começou a fumar aos 18, escondida no banheiro do clube. "Tinha amigas que fumavam durante os bailes. Eu passava mal, mas fumava para fazer parte do grupo", conta. Há dois anos, ela conseguiu jogar fora seu último maço, seguindo os passos dos pais, que já tinham parado de fumar por recomendação médica.

"Minha pele ficou maravilhosa, a respiração mudou. Passei a ter mais fôlego e a fazer ginástica.
Também comecei a sentir melhor o gosto dos alimentos", conta. Após algumas tentativas frustradas, conseguiu deixar o vício quando aderiu a um programa antifumo desenvolvido pela empresa em que trabalha, com acompanhamento médico e sessões de terapia em grupo.

As mulheres, contudo, estão na contramão da tendência de queda do tabagismo. Entre 2006 e 2010 a porcentagem de fumantes mulheres da capital passou de 14,6% para 16,8%. Isso ajuda a explicar a incidência do câncer de pulmão entre elas: ele já é o segundo mais comum entre as mulheres do País, atrás apenas dos tumores de mama, segundo a médica Tânia Cavalcante, da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro (Conicq), do Inca. O tabagismo, aliás, tem relação com pelo menos dez tipos de tumores.

(Fonte: Mariana Lenharo - Jornal da Tarde)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Agora é lei: é proibido fumar no ambiente de trabalho

A Lei 13.541/2009, de 07/05/2009, e que entrou em vigor no último dia 7 de agosto, já é causa de grande preocupação, não somente para os proprietários de estabelecimentos comerciais, mas também para os empresários em geral. Isso porque a lei estadual aplica-se, inclusive, aos ambientes de trabalho, como expressamente previsto no parágrafo 2 do artigo 2.

O parágrafo citado determina que: Fica proibido no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. § 2º - Para os fins desta lei, a expressão "recintos de uso coletivo" compreende, dentre outros, os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

"A referida legislação cria mais obrigações para as empresas, que deverão não apenas inserir avisos de proibição de fumar em pontos de ampla visibilidade, mas também advertir os eventuais infratores", alerta a advogada Solange Fiorussi, do escritório Maluf e Moreno Advogados Associados.

Diante de mais este encargo criado pela lei, é importante que as empresas, além de afixarem os avisos de proibição de fumar nas dependências da empresa, divulguem comunicados escritos aos seus empregados, informando sobre essa restrição e as penalidades decorrentes da desobediência. O empregador, nesse caso, pode aplicar advertências, suspensões e até dispensar o funcionário por justa causa.

Na avaliação da advogada Solange Fiorussi, a dispensa por justa causa é uma medida extrema e deve ser aplicada com muita cautela: "A demissão deve ser a última conduta a ser adotada pela empresa, após várias medidas, como campanhas de educação quanto aos benefícios da nova lei, advertências escritas e ainda suspensões gradativas, que irão comprovar que a empresa diligenciou para conscientizar o empregado", esclarece a advogada.

Para que a empresa melhor se resguarde quanto a eventuais autuações, é conveniente ainda constar no comunicado a ser veiculado aos empregados que, em caso de multa (a multa é de R$ 792,50, dobrando o valor em caso de reincidência), o empregado infrator deverá reembolsar a empresa os prejuízos causados, com o desconto dos valores respectivos de sua remuneração. "Esta condição, no entanto, deverá constar previamente no contrato de trabalho do empregado, já que os casos de prejuízos causados por culpa, apenas podem ser objeto de desconto se previstos nesse documento".

A advogada traça ainda um paralelo entre o fumo e o álcool. Segundo ela, é importante observar que o fumo é um vício e que, como tal, pode levar a entendimentos semelhantes aos hoje aplicados aos casos de alcoolismo, que para alguns juízes é considerado uma doença. "Considerando a função social da empresa, os empresários devem investir primeiramente na educação do funcionário para que, depois de adotadas todas as cautelas que visam conscientizá-lo, aplicar penalidades", salienta.
Fonte: Assessoria de Imprensa Maluf e Moreno Advogados Associados

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia Mundial sem Tabaco - 31 de maio

O Núcleo de Prevenção/GEC realizará no próximo dia 27 de maio, sexta-feira das 9h00 às 14h00, no Setor Comercial Sul ação a exemplo do que irá acontecer na Avenida Paulista, em São Paulo em comemoração ao dia 31 de maio: Dia Mundial sem Tabaco.

Nesse dia, Profissionais de Saúde da SES/DF com pás de lixo e vassouras nas mãos irão recolher as pontas de cigarros espalhadas pelo Setor Comercial Sul como uma forma de conscientizar a população sobre os malefícios do tabagismo.

Serão realizados também outros serviços tais como: shows, esclarecimentos à população sobre o Tratamento do Tabagismo, além de distribuição de materiais informativos. Serão feitos exames de pico de fluxo pulmonar para avaliar a capacidade respiratória; teste de dependência de nicotina e dosagem de monóxido de carbono no ar expirado pelos pacientes e também prevenção de câncer de boca. Este evento esta sendo realizado em parceria com a Vigilância Sanitária e o SESC/DF.

No dia 30 de maio profissionais da VISA/DF abordarão a população local no semáforo da Rodoviária do Plano Piloto, com distribuição de material educativo sobre o controle do tabaco.

E, no dia 31 de maio, no Senado Federal, acontecerá o Fórum das Entidades Médicas sobre o Tabagismo, com o objetivo de promover o debate dos projetos de lei em tramitação no Senado Federal sobre a promoção de ambientes livres do tabaco enquanto problema de saúde pública e de relevância social, com foco na Convenção-Quadro para Controle do Tabaco.

Serão apresentados painéis das evidências cientificas sobre os efeitos para a saúde causada pela exposição à fumaça ambiental do tabaco com especialistas das entidades médicas.

O Fórum será realizado no auditório Antonio Carlos Magalhães do Interlegis, Anexo E Senado Federal (acesso pela via N2). Inscrições deverão ser feitas pelo e-mail sbpt@sbpt.org.br , ou pelo telefone 0800 616 218.

O tema escolhido para este ano pela Organização Mundial de Saúde para comemorar a data foi: Três maneiras de salvar vidas, Conheça a Convenção, Quadro para o Controle do Tabaco informe-se! www.inca.gov.br

Fórum de Tabagismo

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) em ação conjunta com as Sociedades Brasileiras de Cardiologia, de Pediatria, de Oncologia, de Nefrologia; a Associação Médica Brasileira, o Conselho Federal de Medicina e outras entidades médicas, realizarão no dia 31 de maio 2011 o FÓRUM DAS ENTIDADES MÉDICAS SOBRE TABAGISMO que acontecerá no Auditório Interlegis do Senado Federal, em Brasília, das 14h00 às 18hh00.

O objetivo principal do Fórum será o de promover o debate sobre os projetos de lei em tramitação no Senado sobre a promoção de ambientes livres de tabaco, enquanto problema de saúde pública e de relevância social. Além disso, o Fórum se propõe a apresentar um painel das evidências científicas sobre os efeitos para a saúde causados pela exposição à fumaça ambiental de tabaco com especialistas das entidades médicas.

O público alvo do Fórum são os presidentes e representantes das entidades e sociedades médicas e da área de saúde; representantes do poder executivo (Casa Civil, Ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento Agrário, Trabalho); do Congresso Nacional; Ministério Público; do CONASS, do CONASEMS e de organizações da sociedade civil, e público em geral.

Programação ação educativas

27/05 - Em frente ao BRB Alocultura - 10:00 - 12:00 - Atividade de prevenção do câncer Bucal e exames sobre a capacidade pulmonar

27/05 - Em frente ao BRB Alocultura - 12:00 - 12:20 - Palestra sobre a Prevenção de Tabagismo

27/05 - Em frente ao BRB Alocultura - 12:00 - 12:20 - Performace do Grupo de Teatro e Palestra

Palestra na Unidade Mista de Saúde Taguatinga

O Centro de Referência de Atendimento ao Fumante da Unidade Mista de Saúde Taguatinga (UMST) vai realizar no dia 02/06 o evento em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco.

Na ocasião o participante poderá prestigiar palestras e conferir a entrega dos certificados aos ex-fumantes. As comemorações vão acontecer no auditório do UMST.

O Programa funciona desde 2004, já recebeu visita de Equipe da Organização Mundial da Saúde(OMS) , com o intuito de conhecimento da metodologia utilizada no processo de atendimento.

Programação:

14:00 - Abertura - Equipe da UMST-TAG-SES DF
14:20 - Palestra: Saiba o que é a convenção quadro para o controle do Tabagismo - Dr: Francisco Leal e Ass. Social Francimery Bastos
15:00 - Entrega de certificados a ex fumantes e depoimentos
16:00 - Entrega de camisetas: Conheci a liberdade, de verdade. Fumar pra quê?
16:30 - Coquetel

Ascom-SES/DF

Fonte:GDF

Criança que fuma vai mal na escola e sofre mais infecções

A manchete do R7 chama atenção pelo absurdo. No entanto, como mostra o texto, não é preciso ir tão longe para que o cigarro comprometa o bom desenvolvimento infantil. Basta o fumo passivo proporcionado por pais e mães.

Depois de ter fumado por mais de 20 anos, adoro ter parado. E mais esse ótimo passo na vida tem relação com o Claudio. Quando começamos a namorar, como ele não fumava, fui perdendo a vontade, constrangida pelo cheiro do cigarro.

E mais uma vez o Gabriel saiu ganhando em relação às meninas. Lembro que na primeira gravidez, o médico (que se mostrou péssimo profissional em outras questões relacionadas à gestação e ao parto) recomendou que eu não parasse de fumar, apenas diminuísse o número de cigarros por dia. Um absurdo!

Imagine se para uma menina de 19 anos a “ansiedade” por não poder fumar seria mais danosa do que o tabaco. Ai, se eu tivesse a maturidade dos meus 44 anos (idade da gestação do Gabriel), jamais engoliria tamanha bobagem, mesmo que fosse início da década de 80.

Apesar da recomendação lamentável do médico, fumei pouquíssimo na gravidez. Os colegas de faculdade ajudavam numa “patrulha” coletiva contra o tabaco. Marcavam a metade do cigarro com uma caneta e ficavam conferindo o limite, nem dava gosto fumar!

Na segunda gestação, praticamente parei. Fique no tal “fumar socialmente”. E nunca me senti confortável fumando perto das meninas. Evitava ao máximo acender um cigarro no mesmo ambiente. E no carro com elas, jamais! Contudo, tenho certeza de que engoliram muito da minha fumaça.

Ainda hoje, apesar do avanço das pesquisas e da (acredito) unanimidade dos bons médicos contra o cigarro, o consumo é elevado e não deixa de fora pais e mães. Espero que a consciência aumente a cada dia, a cada pesquisa, até que nunca mais se veja, como já vi, uma mãe fumando durante a amamentação. Baforada na carinha de um recém-nascido é um crime, não é?

Essa oportunidade de vivenciar o desenvolvimento de um filho percebendo e refletindo sobre essas mudanças culturais, os avanços científicos, os novos comportamentos, as minhas diferentes posturas no tempo, entre tantas outras novidades, é que torna essa maternidade tardia tão interessante, e este blog tão apaixonante.
Fonte:eBand

domingo, 15 de maio de 2011

Telefonemas e programas na web ajudam a deixar o cigarro, diz pesquisa

Você está tentando parar de fumar, como parte de suas resoluções de ano novo? Aconselhamento personalizado pelo telefone, acompanhado por orientação via Web, pode ajudar, de acordo com um estudo.

Cerca de um quinto dos adultos norte-americanos fumam, e cerca de metade dos que não desistirem do hábito morrerão por causa dele, de acordo com o Centers for Disease Control and Preventing, que também estima que o fumo custa US$ 183 bilhões à economia do país a cada ano.

Fumantes que conversam pelo telefone com conselheiros experimentados e participam de um programa on-line que ajuda a abandonar o fumo obtiveram índice de sucesso quase duas vezes superior ao de fumantes que recorreram apenas ao programa on-line, em prazo de 18 meses, de acordo com estudo conduzido por Amanda Graham, diretora de desenvolvimento de pesquisas no Schroeder Institute for Tobacco Research and Policy Studies, parte da American Legacy Foundation.

"Trata-se de um dos poucos testes em larga escala que avaliaram o uso combinado de aconselhamento via Internet e telefônico", disse Graham em entrevista sobre o estudo, publicado pela Archives of Internal Medicine.

O fumo caiu dramaticamente nos Estados Unidos, ante os cerca de 30% da população que eram fumantes em 1985, mas a maioria dos fumantes ainda precisa tentar diversas vezes antes de conseguir largar o cigarro com sucesso.

Das pessoas que tentam deixar de fumar sem medicação ou aconselhamento, apenas 5% conseguem, de acordo com o National Cancer Institute.

O aconselhamento por telefone provou ser uma das formas de intervenção de maior sucesso, apontam os autores do estudo, e muitos dos programas de aconselhamento telefônico agora oferecem também um componente on-line.

O estudo em questão utilizou o QuitNet.com, site estabelecido em 1995 e que conta com mais de 60 mil usuários. Embora a inscrição básica seja gratuita, o pacote premium custa US$ 99,95 anuais. Um dos autores do estudo trabalhou como consultor para o site.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

FEIRA HOSPITALAR 2011



PSICORPO E TECNO - DESIGN NA FEIRA HOSPITALAR 2011

EXPO CENTER NORTE

DIAS 24 A 27 DE MAIO DAS 12 ÁS 21H

SERÁ UM PRAZER TÊ-LOS CONOSCO!









segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tabaco: defina a política da sua empresa

Muito se fala sobre a restrição ao fumo em ambientes fechados. Saiba como definir a política da sua empresa sobre o assunto
Por Juliana Belda
O debate sobre a restrição ao fumo no Brasil ganha cada vez mais força. Mais do que se ajustar à lei, as empresas estão descobrindo que criar uma política sobre o assunto pode contribuir para a sua produtividade e imagem.

Pesquisa realizada pelo Grupo Catho mostrou que funcionários fumantes acendem em média oito cigarros por dia. As saídas do escritório podem roubar tempo do trabalho. Talvez por esse motivo 81% dos 4.100 selecionadores de pessoal entrevistados no levantamento preferem candidatos que não fumem.
Mas negar a admissão de fumantes ou demiti-los pode resultar na perda de bons candidatos, além de ser discriminação. O melhor é definir uma conduta em relação ao tabaco, que pode ir da permissividade à proibição total, de acordo com a necessidade da empresa.

A lei nacional proíbe o uso do cigarro em qualquer estabelecimento fechado, com exceção dos fumódromos. No entanto, as salas destinadas ao fumo estão em desuso – e até proibidas em locais como São Paulo -, pois especialistas dizem que não há sistema de ventilação eficiente contra o tabaco. Por isso, as empresas vêm transferindo o fumódromo para áreas externas.

Essa medida pode resolver o problema de qualidade do ar, mas nem sempre é solução para a perda de tempo do trabalho de funcionários fumantes. Uma opção para o problema é proibir saídas para fumar durante o expediente, permitindo apenas nos intervalos.

A política de sua empresa em relação ao tabaco também pode afetar a imagem transmitida ao público externo. A multinacional Johnson & Johnson, por exemplo, proibiu o fumo em todas as dependências da empresa, inclusive nas áreas externas, por ser uma empresa ligada a produtos de saúde e higiene. Se isso pode ser importante para o seu negócio também, veja o passo a passo a seguir:

Eleja um gerente respeitado por todos para implementar a política de ambiente 100% livre do fumo
Forme um grupo de trabalho composto por diversas áreas para coordenar e implementar o projeto
Reúna informações fazendo pesquisas sobre o nível de tabagismo dos funcionários da sua empresa e as utilize para conduzir a estratégia da nova política
Anuncie previamente o programa e o cronograma de implementação para os funcionários
Mostre as razões da medida e seus futuros benefícios por meio de um plano de comunicação
Prepare-se para as mudanças físicas: remoção de cinzeiros e eliminação dos fumódromos
Busque feedback dos funcionários
*Fonte: Manual para Ambientes de Trabalho Livre do Fumo da Aliança de Controle do Tabagismo.
Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

sábado, 23 de abril de 2011

Mulheres - bons motivos para parar de fumar


Todos nós conhecemos bem a relação entre tabagismo e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, respiratórias e cânceres.Em gestantes, o tabagismo aumenta a incidência de inúmeras complicações maternas e fetais.Sabemos que parar de fumar não é uma tarefa fácil, mas além dos inúmeros benefícios para a saúde, existem outros bons motivos para as mulheres abandonarem o hábito de fumar.

As mulheres sentem-se mais responsáveis

-Elas não precisam mais fumar, demonstrando para as pessoas e familiares a sua capacidade de superação e força de vontade.
-Elas não têm que encontrar lugares específicos para poder fumar.
-Elas não têm que se preocupar com a fumaça do seu cigarro incomodando os outros.

As mulheres cheiram melhor

-Seu cabelo, pele, roupas e hálito não têm cheiro de cigarro.
-Seu carro, casa e filhos não têm cheiro de cigarro.
-O paladar dos alimentos melhora.A percepção dos odores, como o cheiro da flores, também.

As mulheres sentem-se mais relaxadas

-Elas não se preocupam em certificar-se se há dinheiro para comprar cigarros.
-Elas têm mais dinheiro com a economia que fazem ao deixar de fumar.
-Eles não se preocupam tanto com a fragilidade de sua saúde.

As mulheres se sentem melhor, e também, transmitem aos outros uma aparência melhor

-Elas se sentem melhor.
-Sua pele fica mais saudável.As rugas demoram mais para aparecer.
-Elas têm mais energia quando realizam atividades domésticas, brincam com seus filhos ou praticam esportes.

Fonte: women.smokefree.gov

sexta-feira, 18 de março de 2011

Adolescentes fumantes têm redução na atividade cerebral


Adolescentes fumantes têm redução na atividade cerebral
Hype Science

Um novo estudo descobriu que os adolescentes fumantes têm atividades do cérebro reduzidas.

Os pesquisadores determinaram esses resultados através da medição do nível de dependência de nicotina em 25 fumantes e 25 não-fumantes com idades entre 15 e 21 anos.

Eles utilizaram o índice de quantidade de fumo (IQF), que observa quantos cigarros um adolescente fuma por dia e quão cedo eles começam a fumar no dia para determinar a dependência de cada indivíduo.

Em seguida, os participantes realizaram um teste. Eles foram submetidos a ressonância magnética funcional (fMRI), e deveriam pressionar um botão o mais rápido que pudessem quando uma seta iluminada aparecia. Quando um sinal sonoro tocava, eles não deveriam apertar o botão. Isso demonstraria a capacidade de cada participante de inibir uma ação.

Os resultados foram surpreendentes. Segundo os pesquisadores, quanto maior a medição IQF, ou seja, quanto mais um adolescente fumava, maior a redução da atividade em uma parte do cérebro conhecida como córtex pré-frontal, responsável pela tomada de decisões. Mas, apesar dessa atividade reduzida, fumantes e não fumantes tiveram as mesmas performances na tarefa.

Isso sugere que a resposta motora dos fumantes pode ser mantida por algum tipo de compensação de outras áreas do cérebro. Segundo o estudo, o fato de que tanto fumantes e não fumantes tiveram o mesmo desempenho indica que as intervenções precoces durante a adolescência podem impedir que os jovens passem de fumar ocasionalmente para fumar pesado.

Por outro lado, o desenvolvimento prolongado do córtex pré-frontal pode causar má tomada de decisão em adolescentes, devido ao controle cognitivo imaturo durante esse período. Este efeito pode influenciar a capacidade da juventude de tomar decisões racionais sobre seu bem-estar, e isso inclui a decisão de parar de fumar.

Assim, como o córtex pré-frontal continua a se desenvolver durante o período crítico da adolescência, o tabagismo pode influenciar a trajetória do desenvolvimento do cérebro, afetando o funcionamento do córtex pré-frontal. Por sua vez, se o córtex pré-frontal é impactado negativamente, um adolescente pode ficar mais propenso a continuar fumando, em vez de tomar uma decisão mais saudável.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pesquisa joga luz sobre dependência do cigarro

Americanos descobriram que estruturas cerebrais têm papel importante no controle do desejo de consumir nicotina e podem ser alvos de terapias.

Em uma pesquisa que sugere um novo alvo para terapias contra o tabagismo, cientistas americanos identificaram uma via cerebral que regula a vulnerabilidade dos indivíduos às propriedades da nicotina que causam dependência.
A descoberta, feita por cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps, na Flórida (EUA), foi publicada pela revista Nature. O trabalho examinou os efeitos de uma parte de um receptor, uma proteína à qual se ligam determinadas moléculas sinalizadoras, que responde à nicotina no cérebro. Os cientistas também determinaram que a tendência ao tabagismo pode ser herdada: mais de 60% do risco de se tornar dependente da nicotina pode ser atribuído a fatores genéticos.

Em experiências com animais, os pesquisadores descobriram que os indivíduos com uma mutação genética que inibe essa subunidade do receptor consumiram muito mais nicotina que o normal. Esse efeito pode ser revertido com o aumento da expressão da mesma subunidade.

"Esses dados estabelecem um novo cenário para a compreensão das variáveis que motivam o consumo de nicotina e das vias cerebrais que regulam a vulnerabilidade à dependência do tabaco", disse o coordenador do estudo, Paul Kenny.

O estudo se concentrou na subunidade alfa-5 do receptor de nicotina, em uma via do cérebro conhecida como trato habenulo-interpeduncular. A descoberta sugere que a nicotina ativa os receptores que contêm essa subunidade na habênula, desencadeando uma resposta que atua para diminuir o desejo de consumir mais a droga. "Não era esperado que a habênula e as estruturas cerebrais nas quais ela se projeta tivessem um papel tão profundo no controle do desejo de consumir nicotina", disse a pesquisadora Christie Fowler. Os resultados, de acordo com ela, podem explicar dados recentes que mostram como indivíduos com variação genética na subunidade alfa-5 do receptor nicotínico são muito mais vulneráveis à nicotina e mais propensos a desenvolver doenças associadas ao fumo.

As informações são da Agência Fapesp.

Parando de fumar. Outra pesquisa, feita na Universidade de Michigan (EUA) e publicada na revista Health Psychology, sugere que a atividade cerebral pode ajudar a avaliar a determinação de um fumante em largar o cigarro.

O estudo foi feito por meio de análises de tomografias de 28 fumantes que tentam abandonar o vício. As imagens registraram uma região do córtex vinculada às mudanças de comportamento enquanto os voluntários eram expostos a mensagens sobre deixar de fumar.

O resultado foi que as pessoas cujo cérebro manifestava mais atividade durante a difusão das imagens estavam significativamente mais inclinadas a reduzir o fumo. / COM AFP

Fonte:
O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Número de fumantes nas empresas volta a crescer


Pela primeira vez em sete anos, o número de trabalhadores fumantes aumentou nas empresas brasileiras.

Em 2010, eles representavam 9,5% dos funcionários -em 2009, eram 8,1%, segundo levantamento realizado pela seguradora SulAmérica Seguros com 74 mil trabalhadores em todo o país.
Apesar de baixo, o incremento sinaliza uma mudança de tendência. De 2004 a 2009, a pesquisa registrou somente quedas na taxa de fumantes das empresas.

Para o diretor de saúde da seguradora, Roberto Galfi, o aumento se deve à economia aquecida, que permitiu a formalização e a maior contratação de trabalhadores com perfil diferente -com menos escolaridade e de classes mais pobres, grupos que concentram mais fumantes.

Segundo o Ministério da Saúde, a maior parcela de fumantes da população brasileira (19,3%) tem de zero a oito anos de estudo.

Fumante, a produtora de eventos Camila Souza, 27, teve o seu primeiro emprego formal em 2010. "Se eu pudesse fumar na minha mesa, fumaria o dia inteiro", reclama ela, sobre a Lei Antifumo de São Paulo, que proíbe o tabagismo dentro de empresas desde 2009.
FONTE:FOLHA DE SÃO PAULO

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Além do vício em tabaco, nicotina é responsável por desenvolver câncer de mama



Fumar pode dar origem a vários tipos de câncer, isso não é novidade. Mas isso não acontece apenas devido aos danos que a fumaça do cigarro causa à mucosa pulmonar e ao sangue que passa por ele, como se pensava. Um novo estudo da Universidade Médica de Taipei (Taiwan),descobriu que a nicotina, ao se combinar com seu receptor (acetilcolina) faz mais do que promover o vício: influencia diretamente a formação de câncer de mama.

Assim, a nicotina se torna um vilão ainda mais nocivo do que já era, já que cumpre o papel duplo de agente viciador/cancerígeno. Para o câncer de mama, em particular, alguns grandes estudos epidemiológicos recentes têm sugerido que a relação com tabagismo é mais forte do que se pensava, mas tais pesquisas não foram acompanhadas de estudos de biologia molecular sobre a forma como isso funciona de fato.

Buscando estas respostas, os pesquisadores de Taiwan analisaram 276 amostras de tumor do câncer de mama, de doadores voluntários, para ver os efeitos que as sub-unidades da acetilcolina (um neurotransmissor) apresentavam no desenvolvimento de células cancerígenas na mama. Eles descobriram que o surgimento de tais células, via de regra, são uma resposta a mudanças químicas na acetilcolina. Como este neurotransmissor é alterado principalmente quando funciona como receptor da nicotina, a relação é direta.

Os autores do estudo, no entanto, pedem que não se tirem conclusões definitivas, devido à limitação do estudo. Pesquisas recentes mostram que a genética recepciona o tabaco de diferentes formas entre as raças humanas, e esta pesquisa analisou apenas pacientes asiáticas. De qualquer forma, os cientistas afirmam que a chave para se descobrir mais sobre o câncer está em estudos como este: que utilizem a biologia molecular, um campo ainda em desenvolvimento.



Fonte: Science Daily e site Hype Science

Além do vício em tabaco, nicotina é responsável por desenvolver câncer de mama



Fumar pode dar origem a vários tipos de câncer, isso não é novidade. Mas isso não acontece apenas devido aos danos que a fumaça do cigarro causa à mucosa pulmonar e ao sangue que passa por ele, como se pensava. Um novo estudo da Universidade Médica de Taipei (Taiwan),descobriu que a nicotina, ao se combinar com seu receptor (acetilcolina) faz mais do que promover o vício: influencia diretamente a formação de câncer de mama.

Assim, a nicotina se torna um vilão ainda mais nocivo do que já era, já que cumpre o papel duplo de agente viciador/cancerígeno. Para o câncer de mama, em particular, alguns grandes estudos epidemiológicos recentes têm sugerido que a relação com tabagismo é mais forte do que se pensava, mas tais pesquisas não foram acompanhadas de estudos de biologia molecular sobre a forma como isso funciona de fato.

Buscando estas respostas, os pesquisadores de Taiwan analisaram 276 amostras de tumor do câncer de mama, de doadores voluntários, para ver os efeitos que as sub-unidades da acetilcolina (um neurotransmissor) apresentavam no desenvolvimento de células cancerígenas na mama. Eles descobriram que o surgimento de tais células, via de regra, são uma resposta a mudanças químicas na acetilcolina. Como este neurotransmissor é alterado principalmente quando funciona como receptor da nicotina, a relação é direta.

Os autores do estudo, no entanto, pedem que não se tirem conclusões definitivas, devido à limitação do estudo. Pesquisas recentes mostram que a genética recepciona o tabaco de diferentes formas entre as raças humanas, e esta pesquisa analisou apenas pacientes asiáticas. De qualquer forma, os cientistas afirmam que a chave para se descobrir mais sobre o câncer está em estudos como este: que utilizem a biologia molecular, um campo ainda em desenvolvimento.



Fonte: Science Daily e site Hype Science

Além do vício em tabaco, nicotina é responsável por desenvolver câncer de mama


Fumar pode dar origem a vários tipos de câncer, isso não é novidade. Mas isso não acontece apenas devido aos danos que a fumaça do cigarro causa à mucosa pulmonar e ao sangue que passa por ele, como se pensava. Um novo estudo da Universidade Médica de Taipei (Taiwan),descobriu que a nicotina, ao se combinar com seu receptor (acetilcolina) faz mais do que promover o vício: influencia diretamente a formação de câncer de mama.
Assim, a nicotina se torna um vilão ainda mais nocivo do que já era, já que cumpre o papel duplo de agente viciador/cancerígeno. Para o câncer de mama, em particular, alguns grandes estudos epidemiológicos recentes têm sugerido que a relação com tabagismo é mais forte do que se pensava, mas tais pesquisas não foram acompanhadas de estudos de biologia molecular sobre a forma como isso funciona de fato.

Buscando estas respostas, os pesquisadores de Taiwan analisaram 276 amostras de tumor do câncer de mama, de doadores voluntários, para ver os efeitos que as sub-unidades da acetilcolina (um neurotransmissor) apresentavam no desenvolvimento de células cancerígenas na mama. Eles descobriram que o surgimento de tais células, via de regra, são uma resposta a mudanças químicas na acetilcolina. Como este neurotransmissor é alterado principalmente quando funciona como receptor da nicotina, a relação é direta.
Os autores do estudo, no entanto, pedem que não se tirem conclusões definitivas, devido à limitação do estudo. Pesquisas recentes mostram que a genética recepciona o tabaco de diferentes formas entre as raças humanas, e esta pesquisa analisou apenas pacientes asiáticas. De qualquer forma, os cientistas afirmam que a chave para se descobrir mais sobre o câncer está em estudos como este: que utilizem a biologia molecular, um campo ainda em desenvolvimento.
Fonte: Science Daily e site Hype Science

domingo, 9 de janeiro de 2011

A crise de abstinência de nicotina

Tinha até esquecido o quanto sofre o fumante para largar do cigarro. Parei há 23 anos e já não me lembrava das agruras pelas quais passei até ficar livre da dependência de nicotina que me escravizou durante 19 anos. Ao gravar uma série para a TV com seis personagens que pararam de fumar num mesmo dia, no entanto, revivi meu sofrimento e pude observar as dificuldades dos dependentes diante da crise de abstinência de nicotina.

O cigarro nada mais é do que um dispositivo para administrar droga. A nicotina inalada com a fumaça é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na circulação e chega ao cérebro num intervalo de seis a dez segundos. Inalada, chega mais depressa do que se tivesse sido injetada na veia, porque não perde tempo na circulação venosa. A velocidade com que a droga chega ao sistema nervoso central explica por que a primeira tragada traz alívio imediato ao fumante aflito.
No tecido cerebral, a nicotina se liga a receptores localizados nas membranas dos neurônios localizados em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer que os dependentes referem sentir ao fumar - e que os não-fumantes são incapazes de entender.

A droga é de excreção rápida. Sua meia-vida é curta: duas horas, em média. Isto é, metade da dose fumada é eliminada da circulação em duas horas. Por razões genéticas, essa velocidade de excreção varia de um fumante para outro; os que eliminam a droga mais depressa tendem a fumar mais. Grande parte dos que fumam dois ou três maços por dia é constituída por metabolizadores rápidos de nicotina.

A presença de outras drogas na circulação pode alterar a velocidade de excreção. É o caso do álcool, substância na qual a nicotina se dissolve com muita facilidade. Como o álcool é diurético, ao beber, o fumante excreta rapidamente na urina a nicotina nele dissolvida. A queda da concentração da droga no sangue desencadeia o desejo irresistível de fumar.

Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca. Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, temperatura agradável para o corpo, etc.

Uma vez que os centros do prazer ativam o centro da busca, este não pode ser mais desativado. O centro da busca permanecerá ativado mesmo que o prazer responsável por sua ativação deixe de existir. Por isso o fumante se surpreende ao acender um cigarro no toco do outro, o usuário de cocaína continua cheirando apesar do delírio persecutório que experimenta toda vez que usa a droga, e o jogador compulsivo é capaz de perder a casa da família em cima do pano verde.
Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente. Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranqüilidade, fica agitado, nervoso e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.

Como a nicotina é droga de excreção rápida, essas crises de ansiedade se repetem muitas vezes por dia. Para evitá-las, o fumante vive com o maço ao alcance da mão para acender um cigarro assim que surgirem os primeiros sinais, porque sabe que a intensidade dos sintomas da crise é crescente, insuportável. O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão indissoluvelmente ligadas. Daí em diante, todo acontecimento que provocar ansiedade será interpretado por ele como resultante da ausência de nicotina. Por isso os fumantes levam imediatamente um cigarro à boca ao menor sinal de ansiedade ou diante da emoção mais rotineira. Por isso dizem que o cigarro os acalma.

O curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, enfermidade cerebral crônica e recidivante. Para tratá-la, é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga. Tal empreitada significa enfrentar a abstinência de nicotina, que se manifesta em crises repetitivas, muito mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar do que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha, ou álcool.

Os primeiros dois dias sem fumar são os piores. As crises se sucedem uma atrás da outra até atingirem freqüência e duração máximas em 48 horas. Nesse período, as manifestações incluem irritação, ansiedade, tremores, sudorese fria nas mãos, fome compulsiva, modificação do hábito intestinal, alterações da arquitetura do sono (insônia ou hipersônia), dificuldade extrema de concentração e alternância de episódios de apatia com outros de agressividade comportamental.
A partir do terceiro dia, a freqüência das crises e a intensidade dos sintomas começam a diminuir gradativamente, dia após dia. À medida que as semanas se sucedem, o desejo de fumar continua a manifestar-se, mas vai embora cada vez mais depressa.

Em média, seis meses depois de parar de fumar, a maioria dos ex-fumantes já consegue passar um ou outro dia sem se lembrar da existência do cigarro. Os neurônios começam a ficar livres da dependência que os sucessivos impactos diários de nicotina causaram em seus circuitos. É a liberdade do cérebro, que, para ser mantida, exige o preço da eterna vigilância, porque a doença é traiçoeira, crônica e recidivante.

Fonte:Dr Drauzio varella