Estudos recentes observaram que o tabagismo está associado com um risco aumentado de demência. Autores dos EUA utilizaram modelos estatísticos para avaliar a associação entre o tempo informado de exposição domiciliar à fumaça do tabaco e o risco de demência em seis anos entre 970 indivíduos norte-americanos no estudo Cardiovascular Health Cognition Study, realizado entre 1991 e 1999, que nunca fumaram e que não apresentavam doença cardiovascular (CVD), demência ou déficit cognitivo leve no início do estudo.
Níveis moderados (16-25 anos) e altos (>25 anos) de exposição passiva à fumaça do tabaco não estiveram independentemente associados com o risco de demência. Entretanto, os indivíduos com mais de 25 anos de exposição, e mais de 25% de estenose da artéria carótida tiveram um risco 3 vezes maior de demência (HR 3,00) do que os indivíduos com nenhuma ou pouca (0-15 anos) exposição passiva à fumaça do tabaco e menos de 25% de estenose da artéria carótida.
A conclusão é que uma alta exposição passiva à fumaça do tabaco ao longo da vida pode aumentar o risco de demência em idosos com doença cardiovascular não diagnosticada.
A pesquisa foi publicada na revista American Journal of Epidemiology.
Fonte: American Journal of Epidemiology. Volume 171, Number 3, 2010. Pages 292-302
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