Cigarro: pesquisa divulgada hoje pelo IBGE mostra que 17,2% dos brasileiros fumam, 52,1% deles pensam em parar e, do total de fumantes, 93% afirmam saber que o cigarro pode causar doenças graves.
A Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer1 (Inca), foi divulgada hoje e mostra que o percentual de ex-fumantes é maior que o de fumantes no Brasil, e que 93%dos fumantes têm conhecimento sobre o risco do cigarro causar doenças graves.
Os principais pontos da Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde - com a atuação técnica do Instituto Nacional de Câncer1 (Inca) - e aplicada a uma subamostra (cerca de 51 mil domicílios) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, são:
No Brasil, em 2008, 17,5% da população de 15 anos ou mais eram usuários de produtos derivados de tabaco (fumado ou não), o que correspondia a 25 milhões de pessoas.
Os percentuais de fumantes eram maiores entre os homens (21,6%), entre as pessoas de 45 a 64 anos de idade (22,7%), entre os moradores da região Sul do país (19,0%), entre os que viviam na área rural (20,4%), os menos escolarizados (25% entre os sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e os de menor rendimento domiciliar per capita (19,9% entre os sem rendimento ou com menos de ¼ de salário mínimo).
A maior parte deles começou a fumar entre 17 e 19 anos de idade e, dentre os que fumavam diariamente, o mais comum era consumir por dia de 15 a 24 cigarros (cerca de um maço ao dia), sendo o primeiro cigarro do dia fumado entre 6 e 30 minutos após acordar.
Escolaridade é fator que impacta na idade de começar a fumar. Entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo, a proporção dos que começaram a fumar antes dos 15 anos de idade chega a 40,8%.
A quase totalidade dos fumantes (93%) afirmava saber que o cigarro pode causar doenças graves, e um pouco mais da metade deles (52,1%) disse que pensava ou planejava parar de fumar, sendo que 65,0% dos fumantes informaram que as advertências nos rótulos dos cigarros fizeram pensar em parar de fumar.
Entre os não fumantes (82,8% da população de 15 anos ou mais de idade), 78,1% (64,7% da população de 15 anos ou mais de idade) nunca haviam fumado, percentual que era maior entre as mulheres (71,7% do total das mulheres de 15 anos ou mais) do que entre os homens (57%).
Os ex-fumantes (26 milhões de pessoas) eram 18,2% da população de 15 anos ou mais de idade e 22,0% dos não fumantes, em 2008. Isto mostra que o percentual de ex-fumantes é maior do que o de fumantes.
Entre os que pararam de fumar, predominam aqueles que deixaram o hábito há dez ou mais anos (57,3%) – situação que se verifica na divisão por sexo (60,1% dos homens e 53,3% das mulheres) e por situação de moradia rural (53,6%) e urbana (58,0%).
Mais da metade dos fumantes diz que planeja parar, mas só 7,3% no curto prazo.
Por outro lado, 57,1% dos fumantes brasileiros foram advertidos a parar de fumar (55,7% entre os homens e 58,5% entre as mulheres), sendo que as advertências foram mais frequentes no Sudeste (59,5%) e Sul (59,3%) e menos comuns na região Norte (49,9%).
O local mais apontado de exposição à fumaça produzida pelo consumo de tabaco por terceiros era a própria casa, por 27,9% do total de 15 anos ou mais de idade – percentual que chegava a 33,0% no Nordeste. A exposição no trabalho era relatada, em 2008, por 24,4% das pessoas acima de 15 anos que trabalhavam fora (11,6 milhões em números absolutos) – chegando a 26% no Sudeste. Já em restaurantes, o percentual alcançou 9,9% - indo a 12,3% no Sudeste.
Fumantes da região Sul gastavam, em média, quase R$100 por mês com cigarros.
65% pensaram em parar de fumar por causa das advertências nos maços de cigarro.
93% dos fumantes sabem que cigarro pode causar doenças graves.
Fonte consultada: IBGE
Nenhum comentário:
Postar um comentário