segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pesquisa revela que gastos com cigarro comprometem o orçamento doméstico

TABAGISMO

Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, feita pelo Instituto Nacional do Câncer, Inca, revelam que além do cigarro fazer mal a saúde, também compromete o orçamento doméstico.

Segundo a pesquisa, uma família composta por um casal de fumantes, com idade entre 45 e 64 anos, moradores de uma cidade da região Sudeste do País, gasta, por mês, somente com cigarros, cento e vinte e oito reais e sessenta centavos.

Por ano, a despesa chega a mil quinhentos e quarenta e três reais e vinte centavos, valor que seria possível comprar uma geladeira, uma TV de LCD e até mesmo um computador.

O professor de Economia da Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli explica que o cigarro é um bem de consumo imediato.

"As pessoas estariam abrindo mão, por exemplo, de bens de consumo durável, coisas que lhe trariam conforto e, sobretudo, coisas que lhes possibilitaria uma melhoria permanente de qualidade de vida.

Porque o cigarro pode ser considerado um bem de consumo imediato, como alimento. Quer dizer, se abre mão desse grau de conforto, dessa melhoria da qualidade de vida por um prazer efêmero, fulgaz, enfim".

O economista acrescenta que, segundo a pesquisa, um fumante de baixa renda, recebendo um salário mínimo, gasta em média cinqüenta e cinco reais em cigarro, ou seja, compra até cento e cinquenta maços por mês. Roberto Piscitelli afirma esse dinheiro poderia ser usado até mesmo no financiamento de uma casa própria.

"Se for família de baixa renda, dependendo dos programas habitacionais hoje disponíveis, o crédito mais fácil e do próprio prazo do qual a pessoa esteja disposta a pagar a prestação de uma casa, quer dizer, se esse valor não der pra pagar a totalidade da prestação, pelo menos ajuda no pagamento da prestação. Isso é muito relevante para as família de baixa renda."

O economista Roberto Piscitelli lembra que os valores da pesquisa foram calculados com base em 2008, quando o salário mínimo era de quatrocentos e quinze reais.(Ministério da Saúde)

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