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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Relatório da OMS diz que só 5,4% vivem livre da fumaça do cigarro
Apenas 5,4% da população mundial vivem em lugares onde há leis que preveem ambientes livres de fumaça de cigarro, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado nesta quarta-feira sobre a epidemia mundial do fumo.
Os dados correspondem a 2008 e, apesar de o número ser realmente baixo, representa melhora em relação ao ano anterior, quando 3,1% da população mundial estavam protegidos por leis antifumo.
Em 2007, só dez países no mundo contavam com leis de espaços livres de fumaça, número que subiu para 17 em 2008: Austrália, Butão, Canadá, Colômbia, Djibuti, Finlândia, Reino Unido, Guatemala, Guiné, Irã, Irlanda, Maurício, Nova Zelândia, Panamá, Turquia, Uruguai e Zâmbia.
"Embora isso represente um progresso, o fato de mais de 94% das pessoas permanecerem desprotegidas e sem leis que lhes garantam ambientes limpos de cigarro mostra que ainda há muito a fazer", afirmou o diretor-geral adjunto para Doenças Não Comunicáveis e Saúde Mental da OMS, Ala Alwan.
"São necessárias ações urgentes para proteger as pessoas da morte e das doenças causadas pela exposição à fumaça do tabaco. Não há um nível seguro de exposição a ele", acrescentou.
A OMS decidiu enfatizar este ano a necessidade dos ambientes livres de fumaça de tabaco por constatar que a inalação de fumaça por fumantes passivos causa 600 mil mortes e perdas econômicas de mais de US$ 10 bilhões por ano. Das mortes, 64% correspondem a mulheres e 31% do total são menores.
Segundo a OMS, um terço dos adultos e 40% dos menores no mundo estão expostos à fumaça do tabaco. De acordo com o estudo, apenas 9% dos países do mundo têm leis para erradicar a fumaça de cigarro dos bares e restaurantes, e 65 países não tiveram qualquer avanço em políticas de espaços livres de fumaça.
A OMS denuncia esta situação e lembra que a aplicação de políticas de espaços livres de fumaça reduz a exposição dos fumantes passivos ao tabaco entre 80 e 90%, e ajudam os dependentes que querem abandonar o vício.
É por isso que o artigo oitavo da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, assinada em 2005 e ratificada por 160 países, fala sobre os ambientes livres de fumaça, embora só 17 tenham criado leis a respeito.
Para ajudar a implementar o estabelecido pela Convenção, foi criado um guia de diretrizes denominadas Mpower, que estabelecem seis níveis de atuação: controlar o uso e prevenir, proteger a população da inalação de fumaça, oferecer ajuda para deixar de fumar, alertar sobre os riscos, proibir publicidade e aumentar os impostos ao fumo.
No entanto, apenas 10% da população mundial vivem em países onde ao menos uma destas medidas é aplicada.
Além dos fumantes passivos, a fumaça inalada pelos fumantes ativos mata a cada ano 5 milhões de pessoas, o que transforma o tabaco na principal causa de morte evitável no mundo.
Os estudos da OMS demonstram, além disso, que, a menos que haja uma mudança radical na tendência, o fumo matará mais de 8 milhões de pessoas no mundo em 2030.
"No final deste século, o fumo poderia matar mais de 1 bilhão de pessoas se não houver ações rápidas", adverte a OMS.
Fonte : De Agencia EFE
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Lei antifumo tem aprovação de 99,7% em três meses
Das 7.057 visitas em Campinas, apenas 19 multas foram aplicadas
A Lei antifumo completou três meses anteontem e trás números que apontam sua popularidade entre os moradores, comerciantes e estabelecimentos diversos de Campinas. De acordo com a Vigilância Sanitária, foram realizadas 7.057 visitas, com apenas de 0,3% de autuações - aprovação de 99,7%.
No período, foram aplicadas 19 multas – dez para bares, duas em lojas, além de autuações em um shopping, posto de gasolina, imobiliária, imobiliária, oficina mecânica, açougue, fábrica e universidade. Os nomes dos locais não são divulgados pela
Secretaria do Estado da Saúde. “O resultado deste primeiro trimestre é muito positivo e mostra que a lei pegou.
Além disso, constantemente, ouvimos fumantes dizerem que diminuíram o consumo após a lei”, afirma Márcia Fante, assistente técnica de ações da vigilância.
Os números de Campinas são semelhantes aos do Estado. De acordo com o órgão foram realizados 110.197 ações de fiscalização em São Paulo, com 405 multas. Desde o início de vigência da lei, o índice de cumprimento foi superior a 99% em todas as regiões da Capital paulista e do interior.
Visitas diárias
Os agentes da fiscalização fizeram mais de 1,2 mil vistorias diárias. “Nosso planejamento sempre foi para uma ação contínua. Com a fiscalização e a colaboração da população, que se conscientizou sobre os males do cigarros e está apoiando a legislação, podemos afirmar que a lei não apenas pegou como veio para ficar. Quem ganha com isso é a saúde da população”, afirma Cristina Megid, diretor estadual da Vigilância Sanitária.
SAIBA MAIS
A lei antifumo está em vigor desde 7 de agosto. Proíbe fumar em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas.
Quem quiser informar o descumprimento da legislação, pode fazer a denúncia pelo telefone 0800-771-3541 ou no site www.leiantifumo.sp.gov.br.
Fonte : Correio Popular - SP
A Lei antifumo completou três meses anteontem e trás números que apontam sua popularidade entre os moradores, comerciantes e estabelecimentos diversos de Campinas. De acordo com a Vigilância Sanitária, foram realizadas 7.057 visitas, com apenas de 0,3% de autuações - aprovação de 99,7%.
No período, foram aplicadas 19 multas – dez para bares, duas em lojas, além de autuações em um shopping, posto de gasolina, imobiliária, imobiliária, oficina mecânica, açougue, fábrica e universidade. Os nomes dos locais não são divulgados pela
Secretaria do Estado da Saúde. “O resultado deste primeiro trimestre é muito positivo e mostra que a lei pegou.
Além disso, constantemente, ouvimos fumantes dizerem que diminuíram o consumo após a lei”, afirma Márcia Fante, assistente técnica de ações da vigilância.
Os números de Campinas são semelhantes aos do Estado. De acordo com o órgão foram realizados 110.197 ações de fiscalização em São Paulo, com 405 multas. Desde o início de vigência da lei, o índice de cumprimento foi superior a 99% em todas as regiões da Capital paulista e do interior.
Visitas diárias
Os agentes da fiscalização fizeram mais de 1,2 mil vistorias diárias. “Nosso planejamento sempre foi para uma ação contínua. Com a fiscalização e a colaboração da população, que se conscientizou sobre os males do cigarros e está apoiando a legislação, podemos afirmar que a lei não apenas pegou como veio para ficar. Quem ganha com isso é a saúde da população”, afirma Cristina Megid, diretor estadual da Vigilância Sanitária.
SAIBA MAIS
A lei antifumo está em vigor desde 7 de agosto. Proíbe fumar em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas.
Quem quiser informar o descumprimento da legislação, pode fazer a denúncia pelo telefone 0800-771-3541 ou no site www.leiantifumo.sp.gov.br.
Fonte : Correio Popular - SP
terça-feira, 17 de novembro de 2009
16 DE NOVEMBRO
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
BENEFÍCIOS IMEDIATOS AO PARAR DE FUMAR
20 minutos depois de parar de fumar: a pressão sangüínea e as batidas cardíacas voltam ao normal;
8 horas depois: a quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui pela metade, a oxigenação das células volta ao normal;
24 horas depois: o monóxido de carbono é totalmente eliminado do corpo e os pulmões podem começar a eliminar o muco e os resíduos da fumaça;
48 horas depois: o corpo não contém mais nicotina — o gosto e o olfato começam a melhorar. A transpiração deixa de cheirar a tabaco;
72 horas depois: os brônquios começam a relaxar e a respiração melhora;
De 2 a 12 semanas depois: a circulação venosa melhora;
De 3 a 9 meses depois: os problemas respiratórios e a tosse acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumentou 10%
(Quotidien du Médecin)
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Um inimigo no ar
Pesquisa americana revela
que bebês filhos de fumantes
estão mais expostos ao câncer
A ciência já provou que o cigarro faz mal não somente aos fumantes. Sabe-se, há mais de uma década, que mesmo quem não fuma pode adoecer, caso esteja exposto à fumaça dos outros. Mas todas as evidências recolhidas até agora pela ciência sobre os chamados fumantes passivos ainda beiravam a inocência perto do que um grupo de cientistas americanos acaba de descobrir. Uma pesquisa recém-publicada pela revista Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention detectou níveis alarmantes de uma substância cancerígena na urina de bebês submetidos à fumaça do cigarro dos pais. O estudo foi realizado no Centro de Câncer da Universidade de Minnesota e reuniu 144 bebês, entre 3 meses e 1 ano de idade, cujos pais fumavam, em média, onze cigarros por dia. Em 67 deles a NNAL, substância produzida pelo organismo quando em contato com o tabaco, se apresentava em quantidade perigosa. Até então, os estudos avaliavam apenas crianças, adolescentes ou adultos. É a primeira vez que se pesquisa o efeito do cigarro sobre bebês. "A probabilidade de que essas crianças desenvolvam um câncer se torna muito maior que a de uma criança que não sofre essa exposição", diz Marcos Moraes, diretor de oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Não se pode afirmar com precisão quem vai desenvolver um tumor algum dia por causa da fumaça do cigarro. O que os cientistas dizem é que a possibilidade do aparecimento da doença é maior entre aqueles expostos à fumaça. "A exposição tão prematura a agentes causadores de câncer pode ter efeitos muito nocivos no organismo dessas crianças", adverte o coordenador da pesquisa, o cientista americano Stephen Hecht. O dado perverso é que a fumaça que sai da ponta do cigarro é mais nociva do que a inspirada diretamente pelos fumantes. Sem a proteção do filtro, a fumaça tem conseqüências mais devastadoras no organismo. Nos pequenos, o efeito é ainda pior. "As crianças respiram mais rápido que os adultos e aspiram uma quantidade maior ainda de fumaça. Como o corpo delas é pequeno, a absorção também é bem maior", afirma a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante. A curto prazo, os efeitos da exposição contínua ao tabaco refletem-se nos órgãos que recebem o primeiro contato com a fumaça e podem causar bronquite, asma, pneumonia e otite. Entre os adultos, o risco do câncer de pulmão é 30% maior e as probabilidades de contrair uma doença cardiovascular sobem para 25%. Ainda não há estatísticas sobre o surgimento da doença em bebês por causa da fumaça do cigarro. Na dúvida, o melhor a fazer é parar de fumar perto dos filhos e jamais acender um cigarro em ambientes fechados.
Fonte: Revista Veja
que bebês filhos de fumantes
estão mais expostos ao câncer
A ciência já provou que o cigarro faz mal não somente aos fumantes. Sabe-se, há mais de uma década, que mesmo quem não fuma pode adoecer, caso esteja exposto à fumaça dos outros. Mas todas as evidências recolhidas até agora pela ciência sobre os chamados fumantes passivos ainda beiravam a inocência perto do que um grupo de cientistas americanos acaba de descobrir. Uma pesquisa recém-publicada pela revista Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention detectou níveis alarmantes de uma substância cancerígena na urina de bebês submetidos à fumaça do cigarro dos pais. O estudo foi realizado no Centro de Câncer da Universidade de Minnesota e reuniu 144 bebês, entre 3 meses e 1 ano de idade, cujos pais fumavam, em média, onze cigarros por dia. Em 67 deles a NNAL, substância produzida pelo organismo quando em contato com o tabaco, se apresentava em quantidade perigosa. Até então, os estudos avaliavam apenas crianças, adolescentes ou adultos. É a primeira vez que se pesquisa o efeito do cigarro sobre bebês. "A probabilidade de que essas crianças desenvolvam um câncer se torna muito maior que a de uma criança que não sofre essa exposição", diz Marcos Moraes, diretor de oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Não se pode afirmar com precisão quem vai desenvolver um tumor algum dia por causa da fumaça do cigarro. O que os cientistas dizem é que a possibilidade do aparecimento da doença é maior entre aqueles expostos à fumaça. "A exposição tão prematura a agentes causadores de câncer pode ter efeitos muito nocivos no organismo dessas crianças", adverte o coordenador da pesquisa, o cientista americano Stephen Hecht. O dado perverso é que a fumaça que sai da ponta do cigarro é mais nociva do que a inspirada diretamente pelos fumantes. Sem a proteção do filtro, a fumaça tem conseqüências mais devastadoras no organismo. Nos pequenos, o efeito é ainda pior. "As crianças respiram mais rápido que os adultos e aspiram uma quantidade maior ainda de fumaça. Como o corpo delas é pequeno, a absorção também é bem maior", afirma a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante. A curto prazo, os efeitos da exposição contínua ao tabaco refletem-se nos órgãos que recebem o primeiro contato com a fumaça e podem causar bronquite, asma, pneumonia e otite. Entre os adultos, o risco do câncer de pulmão é 30% maior e as probabilidades de contrair uma doença cardiovascular sobem para 25%. Ainda não há estatísticas sobre o surgimento da doença em bebês por causa da fumaça do cigarro. Na dúvida, o melhor a fazer é parar de fumar perto dos filhos e jamais acender um cigarro em ambientes fechados.
Fonte: Revista Veja
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Fumar na gravidez pode contribuir para psicose na adolescência
Futuras mamães que fumam durante a gravidez podem contribuir para pôr seus filhos em (mais um) risco: o desenvolvimento de sintomas psicóticos na adolescência. A pesquisa, publicada no início de outubro no periódico British Journal of Psychiatry, mostrou a ligação entre tabagismo materno e psicose ao estudar os dados de mais de 6 mil adolescentes, com média de idade entre 12 anos, coletados por outra pesquisa longitudinal (que obteve dados através de diversos questionários, durante um longo período de tempo). O estudo foi feito conjuntamente por pesquisadores das universidades de Cardiff, Bristol, Nottingham e Warwick, todas no Reino Unido.
Dos adolescentes pesquisados – e que foram questionados sobre sintomas que podiam estar ligados à psicose, como alucinação e sentimentos de desilusão – mais de 11% tinham suspeitas ou tinham desenvolvido psicose. Nas crianças que tinham mães fumantes (e que haviam mantido o hábito durante a gravidez) a incidência de sintomas era maior.
Os riscos à saúde mental relacionados ao tabagismo na gravidez se mostraram até maiores do que àqueles relacionados com consumo de álcool e de maconha. As razões dessa relação ainda é incerta, mas os pesquisadores sugerem que a exposição ao tabaco no útero pode afetar indiretamente a impulsividade, atenção e cognição da criança. Agora as pesquisas trabalham na questão de como o tabaco afeta o desenvolvimento e função do cérebro dessas crianças.
“Considerando que os resultados não são tendenciosos e que refletem uma relação de causa [entre tagabismo e psicose] podemos estimar que aproximadamente 20% dos adolescente pesquisados poderiam não ter desenvolvido psicose caso as mães tivessem largado o cigarro durante a gravidez”, estima Stanley Zammit, psiquiatra ligado à Universidade de Cardiff e principal autor do estudo.
Fonte: Cardiff University
terça-feira, 29 de setembro de 2009
IX CONGRESSO BRASILEIRO DE QUALIDADE DE VIDA-SOMOS EXPOSITORES
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Fisgado na primeira tragada
Descobertas revelam que o cigarro vicia de forma surpreendentemente rápida. Pesquisas acenam com novos tratamentos para libertação do vício.
por Joseph R. DiFranza
( Clínico geral da faculdade de medicina da University of Massachusetts, nos Estados Unidos.)
Durante minha especialização em medicina da família estudei a dependência de nicotina sob a óptica conservadora. Os médicos havia muito acreditavam que as pessoas fumam basicamente por prazer – e que, com o tempo, se tornam psicologicamente dependentes. A tolerância aos efeitos da nicotina estimula que se fume cada vez mais. A dependência física começa quando o hábito atinge uma freqüência preocupante – cerca de cinco cigarros por dia – e a nicotina passa a estar constantemente presente no sangue, em geral, depois de anos e milhares de cigarros fumados. Algumas horas após o último cigarro o fumante dependente passa a apresentar os sintomas da abstinência de nicotina: inquietação, irritabilidade e dificuldade de concentração, entre outros efeitos. Segundo esse conceito, as pessoas que fumam menos de cinco cigarros por dia não são dependentes.Eu me valia desse princípio quando deparei com uma paciente daquelas que nunca leu um livro teórico. Durante uma consulta de rotina, uma adolescente contou sobre sua dificuldade para largar do cigarro, mesmo tendo começado a fumar havia apenas dois meses. Pensei que ela fosse um caso à parte, uma rara exceção à regra sobre o lento desenvolvimento da dependência, que levaria anos. Mas isso atiçou a minha curiosidade e decidi entrevistar estudantes de um colégio próximo sobre o hábito de fumar. Fiquei intrigado com uma garota de 14 anos que afirmou ter feito duas sérias tentativas frustradas para deixar o cigarro. E ela havia fumado somente uns poucos cigarros por semana, durante dois meses. A descrição de seus sintomas durante o perío-do em que ficou sem fumar lembrava o relato queixoso dos meus pacientes que fumam dois maços por dia. O rápido aparecimento desses sintomas contrapunha grande parte do que eu achava que sabia sobre nicotina. E, quando fui verificar essas informações em sua fonte, constatei que tudo o que havia aprendido não passava de especulação.Patrocinado pelo Instituto Americano do Câncer e pelo Instituto Americano contra o Abuso de Drogas (Nida, na sigla em inglês), passei a década seguinte pesquisando o desenvolvimento da dependência de nicotina entre fumantes novatos. Sei que o modelo de dependência descrito no início do artigo é ficção. Minha pesquisa apóia uma nova hipótese para mostrar que a exposição mínima à nicotina – como um único cigarro – pode alterar o cérebro, modificando seus neurônios a ponto de estimular o desejo de fumar. Esse conceito, uma vez comprovado, pode vir a indicar novos caminhos promissores aos pesquisadores para o desenvolvimento de novas drogas e tratamentos que ajudem a deixar o hábito.
por Joseph R. DiFranza
( Clínico geral da faculdade de medicina da University of Massachusetts, nos Estados Unidos.)
Durante minha especialização em medicina da família estudei a dependência de nicotina sob a óptica conservadora. Os médicos havia muito acreditavam que as pessoas fumam basicamente por prazer – e que, com o tempo, se tornam psicologicamente dependentes. A tolerância aos efeitos da nicotina estimula que se fume cada vez mais. A dependência física começa quando o hábito atinge uma freqüência preocupante – cerca de cinco cigarros por dia – e a nicotina passa a estar constantemente presente no sangue, em geral, depois de anos e milhares de cigarros fumados. Algumas horas após o último cigarro o fumante dependente passa a apresentar os sintomas da abstinência de nicotina: inquietação, irritabilidade e dificuldade de concentração, entre outros efeitos. Segundo esse conceito, as pessoas que fumam menos de cinco cigarros por dia não são dependentes.Eu me valia desse princípio quando deparei com uma paciente daquelas que nunca leu um livro teórico. Durante uma consulta de rotina, uma adolescente contou sobre sua dificuldade para largar do cigarro, mesmo tendo começado a fumar havia apenas dois meses. Pensei que ela fosse um caso à parte, uma rara exceção à regra sobre o lento desenvolvimento da dependência, que levaria anos. Mas isso atiçou a minha curiosidade e decidi entrevistar estudantes de um colégio próximo sobre o hábito de fumar. Fiquei intrigado com uma garota de 14 anos que afirmou ter feito duas sérias tentativas frustradas para deixar o cigarro. E ela havia fumado somente uns poucos cigarros por semana, durante dois meses. A descrição de seus sintomas durante o perío-do em que ficou sem fumar lembrava o relato queixoso dos meus pacientes que fumam dois maços por dia. O rápido aparecimento desses sintomas contrapunha grande parte do que eu achava que sabia sobre nicotina. E, quando fui verificar essas informações em sua fonte, constatei que tudo o que havia aprendido não passava de especulação.Patrocinado pelo Instituto Americano do Câncer e pelo Instituto Americano contra o Abuso de Drogas (Nida, na sigla em inglês), passei a década seguinte pesquisando o desenvolvimento da dependência de nicotina entre fumantes novatos. Sei que o modelo de dependência descrito no início do artigo é ficção. Minha pesquisa apóia uma nova hipótese para mostrar que a exposição mínima à nicotina – como um único cigarro – pode alterar o cérebro, modificando seus neurônios a ponto de estimular o desejo de fumar. Esse conceito, uma vez comprovado, pode vir a indicar novos caminhos promissores aos pesquisadores para o desenvolvimento de novas drogas e tratamentos que ajudem a deixar o hábito.
domingo, 13 de setembro de 2009
Procura para parar de fumar cresce 30% no HCor após lei antifumo
Da Agência Estado Em São Paulo
27/08/2009 - 10h45
O Hospital do Coração (HCor) de São Paulo registrou que, após a entrada em vigor no dia 7 deste mês da lei antifumo, a procura pelo Programa de Assistência Integral ao Fumante da instituição teve um acréscimo de 30%, de acordo com Silvia Cury Ismael, psicóloga e responsável pelo programa. Para ela, não só aqui no Brasil, como em outros países que também mantém restrição ao tabaco, foi verificado um aumento da busca por ajuda em largar o vício. O programa do HCor reúne grupos de cinco a dez pessoas uma vez por semana durante dois meses. Após o tratamento, segundo informações do hospital, cerca de 80% dos pacientes permanecem em abstinência. Após um ano, 60% deles resiste ao fumo.O cigarro causa dependência e leva a graves problemas de saúde. O tabagismo se relaciona com mais de 50 tipos de doenças. Quando a pessoa traga a fumaça do cigarro está inalando mais de 4.700 substâncias tóxicas. Silvia diz que a cada dez casos de câncer de pulmão, nove são consequências do fumo, assim como 85% das mortes por enfisemas. Estima-se que no Brasil 200 mil pessoas morram precocemente a cada ano devido ao tabagismo. As informações são da Assessoria de Imprensa do hospital.
AE
27/08/2009 - 10h45
O Hospital do Coração (HCor) de São Paulo registrou que, após a entrada em vigor no dia 7 deste mês da lei antifumo, a procura pelo Programa de Assistência Integral ao Fumante da instituição teve um acréscimo de 30%, de acordo com Silvia Cury Ismael, psicóloga e responsável pelo programa. Para ela, não só aqui no Brasil, como em outros países que também mantém restrição ao tabaco, foi verificado um aumento da busca por ajuda em largar o vício. O programa do HCor reúne grupos de cinco a dez pessoas uma vez por semana durante dois meses. Após o tratamento, segundo informações do hospital, cerca de 80% dos pacientes permanecem em abstinência. Após um ano, 60% deles resiste ao fumo.O cigarro causa dependência e leva a graves problemas de saúde. O tabagismo se relaciona com mais de 50 tipos de doenças. Quando a pessoa traga a fumaça do cigarro está inalando mais de 4.700 substâncias tóxicas. Silvia diz que a cada dez casos de câncer de pulmão, nove são consequências do fumo, assim como 85% das mortes por enfisemas. Estima-se que no Brasil 200 mil pessoas morram precocemente a cada ano devido ao tabagismo. As informações são da Assessoria de Imprensa do hospital.
AE
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Fumo e gravidez
Publicado originalmente na Folha de São Paulo, 07/04/2009
Grávida que larga fumo tem risco igual ao de não fumante. Segundo estudo, deixar vício até 15ª semana de gestação diminui chance de ter bebê prematuro e com baixo peso Pesquisa foi feita com 2.500 mulheres; para médicos, o ideal é deixar o tabagismo imediatamente depois da descoberta da gravidez Mulheres que param de fumar antes da 15ª semana de gestação apresentam o mesmo risco de ter um parto prematuro e de dar à luz um bebê pequeno do que as não fumantes, concluiu um estudo publicado no "British Medical Journal". Os autores avaliaram mais de 2.500 gestantes na 15ª semana de gestação. Elas foram divididas em três grupos: não fumantes, fumantes e aquelas que abandonaram o cigarro durante a gestação. Todas as mulheres do grupo que parou de fumar o fizeram antes de chegar à 15ª semana. Os resultados mostraram que a taxa de parto prematuro entre as gestantes que pararam de fumar e as não fumantes foi a mesma (4%), enquanto as fumantes apresentaram um risco maior, de 10%. Um resultado similar foi encontrado em relação ao tamanho do bebê: 17% das fumantes e 10% das não fumantes e das que largaram o vício tiveram uma criança com baixo peso ao nascer. Para o pneumologista Jonatas Reichert, membro da comissão de tabagismo da Associação Médica Brasileira, trata-se de uma pesquisa importante, mas é necessário que outros estudos confirmem a descoberta. "Esse trabalho vem contra a ideia que já tínhamos, de que uma circulação sanguínea reduzida [em consequência do tabagismo] durante a formação do feto tem como resultado uma criança de baixo peso, menor do que as outras." Reichert diz que o resultado não pode ser um pretexto para a mulher continuar fumando. "Mas, por outro lado, alivia a preocupação das mães que não conseguem parar de fumar no início da gestação", afirma. Na opinião do pneumologista Ricardo Henrique Meirelles, do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a pesquisa corrobora o que já se conhecia sobre os efeitos do tabagismo na gravidez. "Não se sabia quanto tempo a gestante poderia fumar de forma a correr menos riscos, por isso sempre defendemos que, quanto mais cedo, melhor", diz. Para ele, o ideal é cessar o fumo imediatamente após a descoberta da gravidez. "Não precisa esperar até a 15ª semana." Na pesquisa, as fumantes se encaixaram com mais frequência no perfil de mães solteiras, desempregadas, com menor grau de instrução e peso acima ou abaixo do normal. Vários estudos já provaram os efeitos prejudiciais do cigarro na gestação, como maior risco de aborto, parto prematuro, bebê pequeno, morte súbita do recém-nascido, bebê natimorto e prejuízo no desenvolvimento da criança.
RACHEL BOTELHO, colaborou FERNANDA BASSETTE - Folha de S.Paulo
Grávida que larga fumo tem risco igual ao de não fumante. Segundo estudo, deixar vício até 15ª semana de gestação diminui chance de ter bebê prematuro e com baixo peso Pesquisa foi feita com 2.500 mulheres; para médicos, o ideal é deixar o tabagismo imediatamente depois da descoberta da gravidez Mulheres que param de fumar antes da 15ª semana de gestação apresentam o mesmo risco de ter um parto prematuro e de dar à luz um bebê pequeno do que as não fumantes, concluiu um estudo publicado no "British Medical Journal". Os autores avaliaram mais de 2.500 gestantes na 15ª semana de gestação. Elas foram divididas em três grupos: não fumantes, fumantes e aquelas que abandonaram o cigarro durante a gestação. Todas as mulheres do grupo que parou de fumar o fizeram antes de chegar à 15ª semana. Os resultados mostraram que a taxa de parto prematuro entre as gestantes que pararam de fumar e as não fumantes foi a mesma (4%), enquanto as fumantes apresentaram um risco maior, de 10%. Um resultado similar foi encontrado em relação ao tamanho do bebê: 17% das fumantes e 10% das não fumantes e das que largaram o vício tiveram uma criança com baixo peso ao nascer. Para o pneumologista Jonatas Reichert, membro da comissão de tabagismo da Associação Médica Brasileira, trata-se de uma pesquisa importante, mas é necessário que outros estudos confirmem a descoberta. "Esse trabalho vem contra a ideia que já tínhamos, de que uma circulação sanguínea reduzida [em consequência do tabagismo] durante a formação do feto tem como resultado uma criança de baixo peso, menor do que as outras." Reichert diz que o resultado não pode ser um pretexto para a mulher continuar fumando. "Mas, por outro lado, alivia a preocupação das mães que não conseguem parar de fumar no início da gestação", afirma. Na opinião do pneumologista Ricardo Henrique Meirelles, do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a pesquisa corrobora o que já se conhecia sobre os efeitos do tabagismo na gravidez. "Não se sabia quanto tempo a gestante poderia fumar de forma a correr menos riscos, por isso sempre defendemos que, quanto mais cedo, melhor", diz. Para ele, o ideal é cessar o fumo imediatamente após a descoberta da gravidez. "Não precisa esperar até a 15ª semana." Na pesquisa, as fumantes se encaixaram com mais frequência no perfil de mães solteiras, desempregadas, com menor grau de instrução e peso acima ou abaixo do normal. Vários estudos já provaram os efeitos prejudiciais do cigarro na gestação, como maior risco de aborto, parto prematuro, bebê pequeno, morte súbita do recém-nascido, bebê natimorto e prejuízo no desenvolvimento da criança.
RACHEL BOTELHO, colaborou FERNANDA BASSETTE - Folha de S.Paulo
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Após uma semana, adesão à lei antifumo é de 99,2%
Na primeira semana da lei antifumo, as blitze diárias de fiscalização constataram que a adesão dos paulistas à norma é praticamente total. Durante os sete primeiros dias de vigência da lei, foram fiscalizados 7.428 lugares. Desses, 99,2% já cumpriam a lei. Apenas 55 estabelecimentos foram multados pelos agentes da Vigilância Sanitária e do Procon. As autuações corresponderam a menos de 1% dos locais fiscalizados.No interior de São Paulo, foram realizadas 4.879 fiscalizações, com 41 autuações. Já na capital paulista, foram 2.549 fiscalizações e 14 multas aplicadas. As ações continuarão ocorrendo diariamente, em horários variados, incluindo madrugadas, dias úteis e finais de semana. A adesão confirma o que já vinha sendo constatado durante as blitze educativas, realizadas antes de a lei entrar em vigor, quando os fiscais orientaram os estabelecimentos sobre as medidas a serem tomadas. Nesse período, 84% dos estabelecimentos visitados já haviam proibido o cigarro em ambientes fechados. "A lei entrou em vigor no último dia 7 de agosto. Mas a sociedade já vinha se preparando e esperando por ela. Daí a tranqüilidade que estamos vendo. O processo de conscientização sobre os males do cigarro e sobre a importância de mantermos os ambientes fechados livres do tabaco foi fundamental. A lei está sendo cumprida, principalmente, porque foi aprovada pela população. Ao lado disso, continuamos atentos e presentes com a fiscalização, para coibir os eventuais casos de desrespeito à lei”, afirma Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária do Estado. Quem quiser informar sobre o descumprimento da lei, pode fazer a denúncia por meio do telefone 0800 771 3541 ou pelo site http://www.leiantifumo.sp.gov.br
Autoria: Assessoria de Imprensa - 18/08/09
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
Autoria: Assessoria de Imprensa - 18/08/09
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
domingo, 16 de agosto de 2009
PROGRAMA ANTITABAGISMO
INFORMAÇÕES PARA INÍCIO DE NOVOS GRUPOS DE APOIO.
CONSULTE-NOS: 11 2865-4845 E 91296351
CONSULTE-NOS: 11 2865-4845 E 91296351
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Secretário prevê economia anual de R$ 90 milhões com lei antifumo
São Pulo // O secretário da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, afirmou que a lei antifumo, que entra em vigor no estado hoje, pode gerar uma economia de anual de R$ 90 milhões aos cofres públicos –valor gasto com tratamento de fumantes passivos. No começo da tarde de ontem, o secretário participou de blitz educativa em bares restaurantes do centro da cidade, para informar sobre a nova lei. “As blitze educativas acontecem durante três meses para alertar restaurantes, Shoppings e outros estabelecimentos sobre a nova lei”, afirmou. Segundo o secretário, 500 fiscais da Vigilância Sanitária iniciaram a fiscalização de bares e restaurantes a partir da zero-hora de hoje. Fiscais vão atuar em toda a cidade e em municípios do interior. Durante o dia, o número de agentes de fiscalização subirá para 1.500. Barradas Barata afirma que a ação de fiscalização custará R$ 4 milhões por mês. A lei começará a aplicar as sanções em todo o estado, passados 90 dias dados para adaptação de bares, restaurantes, casas noturnas e empresas. A legislação nasceu, dizem os gestores, com a justificativa de defender a bandeira da extinção do fumo passivo. Durante asa blitze educativas, os profissionais do Centro Estadual de Referência e Treinamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) fizeram um levantamento e afirmam que basta uma noite para alguém que nunca acendeu um cigarro ser transformado em fumante. Multas Os dados foram colhidos com 50 garçons e clientes não fumantes abordados em casas noturnas. Depois de quatro horas de festa e exposição à fumaça, 33 dos participantes atingiram níveis similares ao de quem fuma quatro cigarros por dia, o que responde por 65% dos casos. Segundo os especialistas, não há nível seguro de consumo, e essa qualidade a longo prazo é suficiente para provocar doenças como asma bronquite e até mesmo câncer. A Lei antifumo prevê multa de R$ 792,50 a R$ 1.585,00 dependendo do porte do estabelecimento.
Fonte : DCI – SP
Fonte : DCI – SP
domingo, 2 de agosto de 2009
Governo de São Paulo altera lei antifumo, e só orgãos oficiais poderão fazer fiscalização
SÃO PAULO - O governo do Estado de São Paulo decidiu alterar o modo como será feita a fiscalização da chamada lei antifumo (número 13.451), que vai entrar em vigor na próxima sexta-feira, dia 7 de agosto. Segundo decreto publicado na edição deste sábado (1°) do Diário Oficial do governo, só órgãos oficiais como o Procon e Sistema Estadual de Vigilância Sanitária poderão fiscalizar a aplicação da nova lei.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Estudo mostra relação entre câncer na infância e tabagismo
São Paulo - Tentar descobrir por que uma pessoa que teve câncer resolve adotar um hábito que comprovadamente pode predispor ao problema motivou a psiquiatra Célia Lídia da Costa a pesquisar a incidência de tabagismo em pessoas que se recuperaram de câncer na infância. Diretora do Grupo de Apoio ao Tabagista do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, há cerca de cinco anos ela iniciou a pesquisa com 278 adultos, que será publicada na revista "Public Health". Cerca de 31% fumam ou fumavam. O resultado surpreende quando se compara o índice com a média da população fumante no Brasil - segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 18%.O espanto pode ocorrer com os leigos. Para Célia e outros especialistas, a contradição é apenas aparente. A psiquiatra diz ser comum as pessoas que sofreram de câncer apresentarem distúrbios como ansiedade ou estresse pós-traumático. "Esses problemas acometem grupos como sobreviventes de guerra ou tragédia e vítimas de sequestro." Superar o câncer seria parecido.O fumo seria o atalho para suavizar esses sintomas. "Quando o indivíduo percebe que o cigarro ajuda a controlar depressão, ansiedade e outros problemas, vê que não consegue viver sem ele " Diretor da Associação Brasileira de Especialistas em Situações Traumáticas (Abrest), Eduardo Ferreira-Santos diz que o hábito de fumar está ligado à ansiedade. "Estudos mostram que a nicotina tem efeito calmante", afirma o psiquiatra, que hoje está aposentado do Hospital das Clínicas e é o autor de um livro sobre o transtorno de estresse pós-traumático em vítimas de sequestro."O fato é que o câncer predispõe (ao estresse). Mas, muitas vezes, a ansiedade é maior que o medo da reincidência. Por isso, as pessoas podem racionalizar: 'se eu já tive uma vez, dane-se' " Segundo ele, o pensamento de que uma pessoa que vivenciou um sofrimento irá aprender com ele e evitar sua repetição nem sempre ocorre. Mesma opinião da psicóloga Rosaly Braga Campanini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)."O ser humano é contraditório e muitos não conseguem ver essa lógica (quem sofreu não quer sofrer de novo). Não somos sempre tão racionais."
Humberto Maia Junior
Fonte : notícias Uol
Humberto Maia Junior
Fonte : notícias Uol
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Empresas brasileiras estão mais dispostas a combater o cigarro
Para Barreiros, gerente de saúde e qualidade de vida da Philips, o retorno da campanha anti-fumo vale o investimento
Publicado originalmente emPor Margareth Boarini, para o Valor, de São Paulo30/05/2008
Dos 4.300 funcionários da unidade de Tubarão da ArcelorMittal, apenas 1,6% fumam. O resultado é reflexo de um trabalho intenso de combate ao tabagismo iniciado pela empresa há 16 anos, que virou benchmarking para unidades do grupo dentro e fora do país. O esforço da companhia nesse sentido é tanto que o índice de sucesso, que sinaliza quantas pessoas após o tratamento não voltam a fumar, chega a 70%. Na Johnson & Johnson, esse percentual é de 60%. Primeira empresa no Brasil a obter o selo de ambiente livre de tabaco, a companhia ampliou a batalha contra o tabagismo depois que a matriz norte-americana solicitou a todas as filiais que trabalhassem de forma mais firme nesse sentido.Assim como nessas duas empresas, o desafio de abandonar o cigarro passou a ser oferecido dentro do local de trabalho, com grande parte dos custos bancados pelos próprios patrões. Uma ampla pesquisa realizada pelo laboratório Pfizer em 14 países coloca os empregadores brasileiros entre os mais dispostos a intensificar o apoio e a assistência aos colaboradores que querem dizer adeus ao cigarro, com 87%. Na frente dos brasileiros, apenas os indianos, com 91%. Batizado de Global Workplace Survey, o estudo levou onze semanas para ser concluído. Foram entrevistados 3.515 colaboradores adultos fumantes e 1.403 empregadores de empresas com mais de cem funcionários no Brasil, Índia, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Polônia, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Tailândia, Turquia e Reino Unido.Conduzida pela Harris Interactive, a pesquisa se propôs a investigar atitudes e opiniões de empregados e empregadores com relação ao cigarro e ao abandono do tabagismo. A intenção era mostrar o perfil e a aceitação do fumante no ambiente de trabalho, as responsabilidades na cessação do tabagismo, impacto do fumo na produtividade individual e no negócio, política interna relacionada ao ato de fumar, acesso às estratégias para parar de fumar e a existência ou não de fumódromos. No Brasil, o questionário foi aplicado em companhias dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.O estudo apontou que fumar é algo fora de moda. Para 98% dos empregadores e 95% dos funcionários é inaceitável fumar no ambiente de trabalho. Eles também concordam que ter um ambiente livre de tabaco, fumódromos e políticas internas antitabagistas ajudam muito, mas acreditam que apenas essas medidas não são suficientes. A percepção é que as empresas precisam ser mais pró-ativas e ter ações compartilhadas com grupos de ajuda e fundações, por exemplo. Na visão das empresas, 87% delas deveriam ajudar na cessação do tabagismo, enquanto para os colaboradores este índice é de 69%.O combate ao cigarro sempre integrou programas de promoção da qualidade de vida no mundo corporativo, mas o fato de o vício embutir um risco alto de desenvolver doenças graves e causar absenteísmo, queda na produtividade, fez com que o tema ganhasse evidência. Monitorar a saúde e prevenir problemas amplia a produtividade e melhora a relação empresa/funcionário. O que aparece no clima organizacional e reduz os custos com seguro-saúde. "Muitas empresas, geralmente pequenas e médias, ainda desconhecem que podem contar com a orientação de secretarias de saúde de suas cidades e não oferecem uma ajuda mais completa nesse sentido, mas isso é questão de tempo, porque a disseminação da prática de hábitos saudáveis entre os colaboradores é cada vez mais latente", afirma o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). Tão latente que em muitos processos de seleção e recrutamento a questão da atividade esportiva e do cuidado dispensado com a saúde passou a ser incluída e muito valorizada, segundo o headhunter Ricardo Bevilacqua, diretor-geral da consultoria Robert Half no país.A própria Pfizer, que encomendou a pesquisa, decidiu desenvolver um programa de apoio há dois anos, quando preparava o lançamento de um produto nessa área. Realizou uma pesquisa entre funcionários e familiares para saber quantos fumavam e qual a percepção que tinham do tabagismo. A partir daí, criou uma campanha de conscientização dos benefícios com o fim do vício. "Tomamos cuidado para deixar claro que parar de fumar é uma decisão da pessoa e que respeitávamos o momento de cada um. Queríamos mostrar que quem quisesse parar poderia contar com a ajuda da empresa", afirma Lizandra Ambrózio, gerente de benefícios da área de recursos humanos. No ano passado, o programa da Pfizer foi oficialmente lançado e desde então 308 colaboradores já passaram por ele. O índice de sucesso está em 58%.O combate ao tabagismo dessas grandes companhias não se dá apenas com folhetos educativos. Geralmente, contam com equipes multidisciplinares compostas por médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, que realizam consultas pessoais, sessões em grupo e fornecem medicamento, chiclete ou adesivos, de acordo com a decisão conjunta do médico e paciente. Na maioria dos casos eles são extensivos aos familiares. Os programas também têm em comum a sugestão da empresa para o funcionário explorar mais a área de qualidade de vida da companhia, seja com práticas esportivas, leitura ou outras atividades que o afastem do cigarro."O valor do investimento neste programa é muito baixo. Aqui na Philips, nos últimos três anos foi da ordem de R$ 45 mil. Nada se comparado com o alto retorno em ter funcionários mais saudáveis, motivados e crentes de que a companhia está do lado deles", afirma Renato Barreiros, gerente da área de saúde e qualidade de vida. A empresa preocupa-se com o tema desde 1984. A partir de 1991, percebeu que apenas a simples prevenção não bastava e concebeu um projeto mais completo até ganhar em 2005 a forma que tem hoje. Batizado de Programa AntiTabagismo e validado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ele é voltado para as unidades de SP e Capuava. Desde o segundo semestre do ano passado, a Philips vem estendendo o programa para as demais unidades.O fumante que opta em participar do programa não gasta um centavo com medicamento, bancado integralmente pela empresa. No caso de não conseguir parar de fumar, o funcionário pode recomeçar o tratamento quando quiser. O mesmo acontece na ArcelorMittal. Segundo o médico Fernando Ronchi, gerente de medicina e saúde da unidade de Tubarão e coordenador do comitê de saúde da empresa para toda a América, não há forma mais eficaz de tratar do fumante a não ser com um tratamento multidisciplinar. "Dois anos atrás, criamos 34 áreas externas, delimitadas, para o funcionário fumar. Hoje, dos nossos 4.300 funcionários, apenas 69 fumam", conta o executivo.O apoio da empresa na cessação do vício é fundamental na visão do empregado. "Já havia tentado várias outras vezes, mas sem sucesso. Quando a companhia lançou o programa, eu me inscrevi e junto com mais dez colegas participava das sessões com as psicólogas. Estar perto dos amigos, dentro do local de trabalho e saber que a empresa apóia a decisão foi importante no processo", afirma Jucimara Rubini dos Santos, coordenadora de treinamento de vendas da Johnson & Johnson.
Publicado originalmente emPor Margareth Boarini, para o Valor, de São Paulo30/05/2008
Dos 4.300 funcionários da unidade de Tubarão da ArcelorMittal, apenas 1,6% fumam. O resultado é reflexo de um trabalho intenso de combate ao tabagismo iniciado pela empresa há 16 anos, que virou benchmarking para unidades do grupo dentro e fora do país. O esforço da companhia nesse sentido é tanto que o índice de sucesso, que sinaliza quantas pessoas após o tratamento não voltam a fumar, chega a 70%. Na Johnson & Johnson, esse percentual é de 60%. Primeira empresa no Brasil a obter o selo de ambiente livre de tabaco, a companhia ampliou a batalha contra o tabagismo depois que a matriz norte-americana solicitou a todas as filiais que trabalhassem de forma mais firme nesse sentido.Assim como nessas duas empresas, o desafio de abandonar o cigarro passou a ser oferecido dentro do local de trabalho, com grande parte dos custos bancados pelos próprios patrões. Uma ampla pesquisa realizada pelo laboratório Pfizer em 14 países coloca os empregadores brasileiros entre os mais dispostos a intensificar o apoio e a assistência aos colaboradores que querem dizer adeus ao cigarro, com 87%. Na frente dos brasileiros, apenas os indianos, com 91%. Batizado de Global Workplace Survey, o estudo levou onze semanas para ser concluído. Foram entrevistados 3.515 colaboradores adultos fumantes e 1.403 empregadores de empresas com mais de cem funcionários no Brasil, Índia, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Polônia, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Tailândia, Turquia e Reino Unido.Conduzida pela Harris Interactive, a pesquisa se propôs a investigar atitudes e opiniões de empregados e empregadores com relação ao cigarro e ao abandono do tabagismo. A intenção era mostrar o perfil e a aceitação do fumante no ambiente de trabalho, as responsabilidades na cessação do tabagismo, impacto do fumo na produtividade individual e no negócio, política interna relacionada ao ato de fumar, acesso às estratégias para parar de fumar e a existência ou não de fumódromos. No Brasil, o questionário foi aplicado em companhias dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.O estudo apontou que fumar é algo fora de moda. Para 98% dos empregadores e 95% dos funcionários é inaceitável fumar no ambiente de trabalho. Eles também concordam que ter um ambiente livre de tabaco, fumódromos e políticas internas antitabagistas ajudam muito, mas acreditam que apenas essas medidas não são suficientes. A percepção é que as empresas precisam ser mais pró-ativas e ter ações compartilhadas com grupos de ajuda e fundações, por exemplo. Na visão das empresas, 87% delas deveriam ajudar na cessação do tabagismo, enquanto para os colaboradores este índice é de 69%.O combate ao cigarro sempre integrou programas de promoção da qualidade de vida no mundo corporativo, mas o fato de o vício embutir um risco alto de desenvolver doenças graves e causar absenteísmo, queda na produtividade, fez com que o tema ganhasse evidência. Monitorar a saúde e prevenir problemas amplia a produtividade e melhora a relação empresa/funcionário. O que aparece no clima organizacional e reduz os custos com seguro-saúde. "Muitas empresas, geralmente pequenas e médias, ainda desconhecem que podem contar com a orientação de secretarias de saúde de suas cidades e não oferecem uma ajuda mais completa nesse sentido, mas isso é questão de tempo, porque a disseminação da prática de hábitos saudáveis entre os colaboradores é cada vez mais latente", afirma o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). Tão latente que em muitos processos de seleção e recrutamento a questão da atividade esportiva e do cuidado dispensado com a saúde passou a ser incluída e muito valorizada, segundo o headhunter Ricardo Bevilacqua, diretor-geral da consultoria Robert Half no país.A própria Pfizer, que encomendou a pesquisa, decidiu desenvolver um programa de apoio há dois anos, quando preparava o lançamento de um produto nessa área. Realizou uma pesquisa entre funcionários e familiares para saber quantos fumavam e qual a percepção que tinham do tabagismo. A partir daí, criou uma campanha de conscientização dos benefícios com o fim do vício. "Tomamos cuidado para deixar claro que parar de fumar é uma decisão da pessoa e que respeitávamos o momento de cada um. Queríamos mostrar que quem quisesse parar poderia contar com a ajuda da empresa", afirma Lizandra Ambrózio, gerente de benefícios da área de recursos humanos. No ano passado, o programa da Pfizer foi oficialmente lançado e desde então 308 colaboradores já passaram por ele. O índice de sucesso está em 58%.O combate ao tabagismo dessas grandes companhias não se dá apenas com folhetos educativos. Geralmente, contam com equipes multidisciplinares compostas por médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, que realizam consultas pessoais, sessões em grupo e fornecem medicamento, chiclete ou adesivos, de acordo com a decisão conjunta do médico e paciente. Na maioria dos casos eles são extensivos aos familiares. Os programas também têm em comum a sugestão da empresa para o funcionário explorar mais a área de qualidade de vida da companhia, seja com práticas esportivas, leitura ou outras atividades que o afastem do cigarro."O valor do investimento neste programa é muito baixo. Aqui na Philips, nos últimos três anos foi da ordem de R$ 45 mil. Nada se comparado com o alto retorno em ter funcionários mais saudáveis, motivados e crentes de que a companhia está do lado deles", afirma Renato Barreiros, gerente da área de saúde e qualidade de vida. A empresa preocupa-se com o tema desde 1984. A partir de 1991, percebeu que apenas a simples prevenção não bastava e concebeu um projeto mais completo até ganhar em 2005 a forma que tem hoje. Batizado de Programa AntiTabagismo e validado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ele é voltado para as unidades de SP e Capuava. Desde o segundo semestre do ano passado, a Philips vem estendendo o programa para as demais unidades.O fumante que opta em participar do programa não gasta um centavo com medicamento, bancado integralmente pela empresa. No caso de não conseguir parar de fumar, o funcionário pode recomeçar o tratamento quando quiser. O mesmo acontece na ArcelorMittal. Segundo o médico Fernando Ronchi, gerente de medicina e saúde da unidade de Tubarão e coordenador do comitê de saúde da empresa para toda a América, não há forma mais eficaz de tratar do fumante a não ser com um tratamento multidisciplinar. "Dois anos atrás, criamos 34 áreas externas, delimitadas, para o funcionário fumar. Hoje, dos nossos 4.300 funcionários, apenas 69 fumam", conta o executivo.O apoio da empresa na cessação do vício é fundamental na visão do empregado. "Já havia tentado várias outras vezes, mas sem sucesso. Quando a companhia lançou o programa, eu me inscrevi e junto com mais dez colegas participava das sessões com as psicólogas. Estar perto dos amigos, dentro do local de trabalho e saber que a empresa apóia a decisão foi importante no processo", afirma Jucimara Rubini dos Santos, coordenadora de treinamento de vendas da Johnson & Johnson.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
São Paulo: Tribunal cassa sentença contra lei antifumo
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Roberto Vallim Belocchi, cassou ontem, ainda de forma provisória, uma das sentenças de primeira instância que anularam a proibição a fumódromos prevista na lei antitabaco criada pelo governador José Serra (PSDB). A lei começa a vigorar em agosto.A sentença suspensa foi concedida na semana passada pelo juiz Valter Alexandre Mena, da 3ª Vara da Fazenda Pública, e atendeu pedido da Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo).Porém, continua em vigor outra decisão do mesmo juiz, mas em favor da Fhoresp (federação de bares, hotéis e restaurantes de SP), da qual o governo disse também tentar recurso.Nas decisões em favor das entidades, além de manter os fumódromos, o juiz suspendeu o artigo da lei que obriga o dono do estabelecimento a chamar a polícia quando alguém se negar a apagar o cigarro e cancelou a aplicação das multas previstas.Na ação, a Abresi argumentava que a lei não poderia banir os fumódromos porque eles são permitidos por lei federal.Na decisão de ontem, o presidente do TJ não faz considerações sobre qual dos dois lados está certo. Diz somente que, caso perdure a sentença de primeira instância, haverá uma "falsa expectativa de que a lei não entrará em vigência".
Fonte : Folha de S.Paulo
Fonte : Folha de S.Paulo
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Nova lei limita fumo em São Paulo; veja as restrições
A chamada lei antifumo, aprovada no início de abril pela Assembleia Legislativa de São Paulo e sancionada nesta quinta-feira pelo governador José Serra (PSDB), bane o uso de cigarro e derivados de tabaco em ambientes de uso coletivos --públicos e privados-- em todo o Estado. A lei entra em vigor em 90 dias.
Conforme o texto, a nova lei proíbe cigarro ou derivados de tabaco em ambientes de uso coletivo, públicos ou privado, total ou parcialmente fechados em qualquer um dos lados por parede ou divisória, em todo o Estado. Entre os locais de proibição estão áreas internas de bares e restaurantes, casas noturnas, ambientes de trabalho, táxis e áreas comuns fechadas de condomínios.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a fiscalização para verificar o cumprimento da lei antifumo terá início em agosto deste ano. Serão disponibilizados 500 agentes do Procon (do Estado e municípios) e da Vigilância Sanitária para cumprir a lei.
Antes de entrar em vigor, no entanto, o governo deverá realizar uma ampla campanha educativa para explicar o que muda com a lei. O projeto também prevê que o Estado disponibilize medicamentos e dê assistência médica aos fumantes que queiram largar o cigarro.
A lei não prevê punição ao fumante infrator, mas os estabelecimentos podem ser multados por órgãos estaduais de vigilância sanitária com base no Código de Defesa do Consumidor, podendo ser interditados.
A multa também deverá ser aplicada até mesmo nos locais em que ninguém estiver fumando durante a fiscalização, segundo a Vigilância Sanitária. Serão considerados evidências de desrespeito à nova legislação cinzeiros ou bitucas de cigarro jogadas no chão, no lixo ou em vasos sanitários, falta de placas de proibição ao fumo com menção à nova lei e até cheiro de fumaça.
As multas constantes na regulamentação assinada hoje vão de R$ 782 a até R$ 3 milhões.
Existem algumas escalas para a aplicação das multas. A primeira vez em que for flagrado, o responsável pelo local será autuado com multa. Em caso de reincidência, o valor da multa aplicada dobra.
Se numa terceira visita for constatado que ainda há a presença de fumo em local proibido, o estabelecimento será impedido de abrir suas portas durante dois dias consecutivos. Numa eventual quarta visita em que for constatada a irregularidade, o estabelecimento terá de ficar 30 dias com as portas fechadas.
07/05/2009 - Folha on line
Conforme o texto, a nova lei proíbe cigarro ou derivados de tabaco em ambientes de uso coletivo, públicos ou privado, total ou parcialmente fechados em qualquer um dos lados por parede ou divisória, em todo o Estado. Entre os locais de proibição estão áreas internas de bares e restaurantes, casas noturnas, ambientes de trabalho, táxis e áreas comuns fechadas de condomínios.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a fiscalização para verificar o cumprimento da lei antifumo terá início em agosto deste ano. Serão disponibilizados 500 agentes do Procon (do Estado e municípios) e da Vigilância Sanitária para cumprir a lei.
Antes de entrar em vigor, no entanto, o governo deverá realizar uma ampla campanha educativa para explicar o que muda com a lei. O projeto também prevê que o Estado disponibilize medicamentos e dê assistência médica aos fumantes que queiram largar o cigarro.
A lei não prevê punição ao fumante infrator, mas os estabelecimentos podem ser multados por órgãos estaduais de vigilância sanitária com base no Código de Defesa do Consumidor, podendo ser interditados.
A multa também deverá ser aplicada até mesmo nos locais em que ninguém estiver fumando durante a fiscalização, segundo a Vigilância Sanitária. Serão considerados evidências de desrespeito à nova legislação cinzeiros ou bitucas de cigarro jogadas no chão, no lixo ou em vasos sanitários, falta de placas de proibição ao fumo com menção à nova lei e até cheiro de fumaça.
As multas constantes na regulamentação assinada hoje vão de R$ 782 a até R$ 3 milhões.
Existem algumas escalas para a aplicação das multas. A primeira vez em que for flagrado, o responsável pelo local será autuado com multa. Em caso de reincidência, o valor da multa aplicada dobra.
Se numa terceira visita for constatado que ainda há a presença de fumo em local proibido, o estabelecimento será impedido de abrir suas portas durante dois dias consecutivos. Numa eventual quarta visita em que for constatada a irregularidade, o estabelecimento terá de ficar 30 dias com as portas fechadas.
07/05/2009 - Folha on line
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